
Contrariando o livro francês que dá 40 razões para não ter filhos, dizemos por que achamos que ter filho hoje é melhor do que nunca
Na França, a escritora Corinne Maier lançou um livro enumerando as 40 razões para NÃO ter filhos. Virou best-seller. A onda nesse sentido é tão forte que até um insólito movimento pela extinção voluntária da humanidade anda ganhando espaço. Como eles, a gente também acha que não ter filho é o fim do mundo, mas por razões beeeeeeem diferentes…
Podemos dizer, sem medo, que filho, hoje em dia, é escolha. Escolha porque a gente tem mil recursos anticoncepcionais para evitá-los, porque as técnicas de reprodução assistida estão aí, poderosas, ajudando muito quem tem dificuldades fisiológicas, porque sempre existe a opção superbacana de adotar uma criança.
É óbvio que ter filho não é uma obrigação. Muitas vezes, não rola mesmo. Faltam condições financeiras, físicas ou emocionais – e é isso aí, a vida é assim.
Mas o que a gente vem observando é que as famílias estão cada vez menores e muitos casais simplesmente optam por não ter filhos e ponto.
Há 40 anos, as mulheres queriam casar logo, antes dos 21 anos, e ter pelo menos três filhos. A média de filhos por família chegava a seis! Hoje, está na casa dos 2,4.
Na França, acaba de sair este livro defendendo o direito de não ter filhos: No Kid, Quarante Raisons de Nes Pas Avoir d’Enfant, da franco-suíça Corinne Maier. O que ela basicamente diz é que a sociedade atual espera muito dos pais. E questiona: “Não há outros meios de dar sentido à vida?”
Se a gente levar essa conversa ao extremo, vamos dar de cara até com o Movimento de Extinção Voluntária da Humanidade, que existe sim, é real, e anda convocando os seres humanos a parar de se reproduzir, causando a extinção gradual da espécie. A gente aqui na Pais e Filhos acha isso tudo uma loucura.
Para nós, não ter filhos é desperdiçar uma oportunidade luxuosa de nos tornarmos seres humanos melhores. Listar 40 razões para ter filhos foi tarefa fácil demais. Elas estão aí. Poderíamos fazer mais 40 e ainda outras 40, mas este já é um bom começo.
1. Por que você quer. E muito
A gente não acha que ninguém é obrigado a ter filho, claro. Só tem de ter mesmo quem quer de verdade. E hoje isso é mais do que possível. A pílula é um pouco mais velha que a Pais e Filhos – chegou ao Brasil em 1962. Mesmo com todos os recursos que existem, 20% dos bebês no país nascem de mães com menos de 20 anos, e tem coisa errada aí. A gravidez nasce de um desejo (pode ser o de ter um lugar dentro da sociedade), e, para muitas jovens, acaba sendo o de ser mãe. O que a gente defende é que esse desejo seja consciente e venha na hora certa. Filho só pode ter a função de ser filho.
2. Para deixar de ser só filho
E crescer! Básico: se você não tem filho, nunca deixa de ser filho. E aí, o seu crescimento é mais lento e mais difícil. Claro ue a gente não deixa de ser filho nunca, mas deixar de ser SÓ filho amplia, abre possibilidades novas, importantes, ricas. Filho nos traz essa oportunidade de nos tornarmos adultos de verdade.
3. Para entender melhor seus pais
Paul Reiser, da série Mad About You, tem um livro sensacional sobre a paternidade, chamado Vida de Bebê. Na dedicatória, ele entrega: “Para meus pais, com todo o amor do mundo. Acho que agora eu entendi”.
4. Para descobrir uma imensa e surpreendente capacidade de amar
Quando temos filho, somos apresentados a esse tal de amor incondicional. “Passamos por uma renovação e ampliação do repertório emocional, que é o que faz a vida interessante”, diz a psicoterapeuta Lidia Aratangy, mãe de Claudia, Silvia, Ucha e Sergio.
5. Para incluir mais gente numa história de amor que dá certo
Ser casado sem filho é quase como ser solteiro: pode não fazer almoço um dia e tudo bem etc. etc. etc. Com criança no pedaço, a casa tem de ser reorganizada, não dá mais pra ter só água na geladeira… O mais importante: você precisa dividir e respeitar as decisões do parceiro sobre o filho também. Se tiver bases sólidas, a união pode ficar mais forte com tudo isso. Vocês deixaram de ser casal para ser família. Um grande e maravilhoso passo! E mesmo quem tem filho sozinho: o filho traz esse sentido de família e a gente valoriza isso demais.
6. Para deixar de ser adolescente
Hoje, a gente vive mais e tem gente dizendo que os 30 são os novos 20, mas não dá para usar isso como desculpa para não amadurecer. Na adolescência, alguns de nós juramos que nunca vamos ter filhos, coisa da fase mesmo. O escritor britânico Ian Sansom, autor do livro De A a Z, A Verdade Sobre os Bebês, escreve: “Existe algo esquisito nas famílias. Existe algo triste nas famílias. Existe algo tão triste nas famílias que nos faz sair correndo para formar outras famílias.” É meio dramático, mas mostra que é possível reinventar a nossa história, outra lição que os filhos nos dão…
7. Para sentir o poder de gerar outra pessoa
Saber que você pode gerar um novo ser é mágico. Não é à toa que as mulheres sempre foram vistas assim meio como bruxas, exatamente por causa disso. Ver a barriga crescer, sentir os primeiros movimentos da criança, é incrível. Apesar de a gente achar que, no fundo, no fundo, gravidez não faz ninguém ser mãe de verdade. É uma delícia e tal, mas, na hora que o bebê nasce é que começa a história pra valer.
8. Para aprender a respeitar as diferenças
Por mais que você seja rígido na educação, é bom baixar a bola: seu filho nunca vai ser exatamente da forma como você imagina – e ainda bem, aleluia! Se você prestar bem atenção, vai perceber isso desde o primeiro momento: na primeira hora em que pegamos a criança no colo, já vem a sensação meio estranha: “Nossa, ele é outra pessoa!”. Que bom que é. E perceber quem é essa pessoa é o melhor da história toda, é o grande lance. Descobrir o temperamento do seu filho, ir sacando como ele funciona, como reage, o que gosta, o que não gosta… Junto com isso, aprender a respeitar e ajudá-lo a ser do jeito dele é maravilhoso. E, se a gente conseguir levar um pouco dessa experiência pras outras relações que temos na vida, então… Nossa! Melhor ainda!
9. Pra se emocionar com as conquistas dele
A primeira vez que ele consegue engatinhar, andar… Quando escreve o nome, com as letras ao contrário ainda… Desde os anos 60, muita coisa mudou, somos a geração do “muito bem!” a cada passo da criança. Mas é importante saber que ele não vai ser o campeão sempre, claro. Então, deixe seu filho tentar, testar, errar. Acertar vai ser conseqüência. E o que importa é o processo, não esqueça que isso vale pros filhos também…
10. Para aprender que as coisas são como são, nem tudo é perfeito. E tudo bem!
Ter filhos é golpe mortal no perfeccionismo, não tem jeito. As coisas vivem fugindo do roteiro o tempo todo. Você planeja dar a papinha ao meio-dia, ele cai no sono. Vai dar banho às 19h, ele já dormiu. Claro, a gente precisa ter organização, um mínimo de estrutura, mas também precisa aprender a se adaptar rapidinho, senão aí é que dança.
11. Para tomar mais cuidado com você mesmo
Não é à toa que quem tem filho pequeno paga menos na hora de fazer o seguro do carro! As seguradoras sabem muito bem que esse público tem menos tendência a se acidentar, porque é mais cuidadoso mesmo. Quando recebemos o resultado positivo já cai a ficha de que, dali pra frente, você não está mais sozinho…
12. Aceitar a maturidade com tranqüilidade
A expectativa de vida cresce a passos largos. Hoje, é de 71,7 anos no Brasil. Em 1960, ficava na casa dos 50,4. Por outro lado, vivemos numa sociedade que supervaloriza a juventude. Mas a gente envelhece mesmo, e isso é muito bom, cada fase da vida tem sua beleza. Com os filhos, isso fica mais claro. A gente não precisa ser eternamente jovem, podemos curtir a juventude deles. A passagem do tempo ganha um outro sentido.
13. Para poder, um dia, ser avó ou avô
Claro que ser avó ou avô não depende da gente, depende de os filhos quererem ser pais. Mas, se a gente fizer a nossa parte direitinho, as chances crescem. Se não tivermos filhos, por exemplo… A chance fica nula de verdade.
14. Para cuidar de alguém
“Um dia, há muitos anos, encontrei uma garotinha de 3 anos que me perguntou: ‘Você tem filhos?’. ‘Não’, respondi. ‘Você tem cachorro?’ ‘Não’, disse. E ela: ′Então, afinal, do que você cuida?′”, nos conta o psicólogo André Trindade, pai de criação de Gabriel e Laura. Ele diz que criar, cuidar, fazer crescer, acompanhar, proteger e se responsabilizar por alguém alimentam a criatividade em nós. A gente concorda total.
15. Para deixar de ser o centro da própria vida
A criança é egocêntrica por definição. No começo, acha que o mundo e ela são a mesma coisa. Depois, acredita que o mundo gira em torno dela. Demora pra perceber que não é bem assim. Tem uns que não percebem nunca, aliás… Nem depois de grandes! Ter filho ajuda a fazer essa ficha cair.
16. Para rever suas prioridades
Segundo pesquisa feita pela psicóloga Cecília Russo Troiano, mãe de Beatriz e Gabriel, publicada no livro Vida de Equilibrista – Dores e Delícias da Mãe que Trabalha (ed. Cultrix), 30% das mães dizem que adiaram o plano de ter filhos por causa da carreira. O mundo mudou, as mulheres não trabalham só por escolha, mas por necessidade. Porém, como diz uma das entrevistadas de Cecilia, uma mãe do Rio Grande do Sul, “não ter filho por causa do trabalho não tem sentido”.
17. Ter um bom motivo para chegar mais cedo em casa
Filho gosta de quantidade e qualidade. Aquele papo do “fico pouco tempo com meu filho, mas funciona” a gente sabe que não cola. É preciso estar esperto e não bobear: quanto mais tempo com eles, melhor. Férias juntos, então… Fundamental! Ou seja, o tempo passado junto é que é o grande luxo. E para ficar mais tempo com os filhos, temos de nos organizar no trabalho e fazer as coisas funcionarem melhor. É duro, mas… A verdade é que estamos bem no meio de uma transição. Se em 1976, só 20% das mulheres estavam no mercado de trabalho, hoje as trabalhadoras são mais da metade da população feminina no Brasil. Ainda são poucas as empresas que adotam horários flexíveis e programas de home office, mas elas começam a existir.
18. Ficar um tempo sem trabalhar
Pra quem não pára nunca, é uma experiência única. A licença-maternidade obrigatória no Brasil tem quatro meses desde a Constituição de 1988. Está em tramitação um projeto de lei estendendo a licença para seis meses, desde que a companhia decida aderir voluntariamente ao esquema em troca de isenção fiscal. Cerca de 40 municípios já adotam a licença maior. A licença paternidade, hoje de cinco dias, seria de 15.
19. Sentir o prazer de amamentar
Em 1975, aqui no Brasil, uma a cada duas mulheres amamentava o filho apenas até o segundo ou terceiro mês de vida. Hoje sabemos todos dos enormes benefícios do leite materno para a criança. E sentir que seu corpo é capaz de produzir o alimento de seu filho é uma experiência fantástica.
20. Sentir o prazer de dar de mamar
Se não puder amamentar, não estresse, pelo amor de Deus. Não tem de ter culpa de nada, culpa só estraga. Faça da hora da mamadeira uma hora especial, gostosa, única, de intimidade e cumplicidade.
21. Para passar pela experiência do parto
Foi durante os anos 70 que o índice de cesarianas no Brasil começou a viver este boom. Pra equilibrar o jogo, nos últimos anos vem crescendo o movimento pelo parto humanizado, com o mínimo de intervenção médica. De novo, não precisa radicalizar: anestesia está aí para ser usada sempre que necessário e ninguém aqui está defendendo sofrimento. O que a gente sabe é que, com ou sem ela, o parto é um daqueles momentos fundadores, em que a vida se renova e a gente nasce de novo, junto com o filho.
22. Para conhecer a pessoa mais linda do mundo
O poeta alemão Hölderin dizia sobre a infância: “É integralmente aquilo que é e, portanto, é bela”. Filho é sempre lindo. O nosso, muito mais que o dos outros, sempre. E tem de ser assim.
23. Para ouvir alguém te chamar de mãe ou pai
Pode parecer a coisa mais babaca do universo, mas que é demais, é. Não tem o que falar. Você sabe o que é isso…
24. Reviver um pouco da sua própria infância, ou tirar uma casquinha da infância deles…
“Lembro das primeiras férias de verão com meus filhos, relembrei das minhas. São lembranças que voltam, deliciosamente”, conta nossa colunista Patrícia Broggi, mãe de Luca e Tiago. Ter de brincar com eles, desenhar, cantar, esperar o Papai Noel, a fada do Dente, ler histórias, ver filmes maravilhosos… Ah, que alegria! Você só tem a ganhar!
25. Comprar brinquedos incríveis para eles e para você
Em 1894, um tal dr. L.E. Holt dizia, com a maior autoridade: “Com crianças de menos de 6 meses de idade não se deve brincar jamais. Nas idades posteriores, quanto menos se brincar, melhor”. Ainda bem que, hoje, a gente sabe que brincar é fundamental para eles. Volta e meia a gente usa isso como desculpa pra comprar aquele carrinho de controle remoto que eles vão adorar. E que você já adorou. Tudo bem, tá tudo certo. Afinal, esses brinquedos maravilhosos não existiam quando a gente era criança, certo? Então, por que não aproveitar também?
26. Para se renovar e rejuvenescer
Ter filho é comprovar a validade da lei do eterno retorno. “Acompanhar uma criança permite retomar em nós aquilo que fomos. Há uma sabedoria infantil que conta com a espontaneidade, com a vontade de descobrir o mundo e com a capacidade de brincar. Quando o adulto consegue recuperar em si essas atitudes, ele se beneficia enormemente”, diz o psicólogo André Trindade.
27. Para entender de uma vez que preocupação com ambiente não é coisa de ecochato
A gente sabe: as previsões são catastróficas. Metade da Amazônia pode dançar até 2030, temperatura subindo, calotas derretendo… Ter filho torna a coisa ainda mais urgente, porque a gente quer que o mundo exista pra eles, certo? O que não dá é para acreditar em tudo, se imobilizar e resolver que já acabou e não tem mais o que fazer. Tem, sim, e muito. Pra começar, dentro da sua casa mesmo, na sua vida cotidiana. As próprias crianças estão nos ensinando que tem de cuidar pra ter.
28. Para adquirir hábitos mais saudáveis
Com criança em casa a gente revê tudo. Aprendemos, ou reaprendemos e confirmamos, que não precisa de açúcar porque fruta já é doce, que sal tem de ser bem pouquinho, trocamos fritura por grelhado, porque o médico falou, porque a gente leu que é bom. Hoje, estudando o histórico familiar, os pediatras conseguem prevenir uma série de problemas, fazendo ajustes na dieta: se há tendência a alergias, certos alimentos podem ser evitados etc. E, quando a gente vê, está comendo direito esse cuidando mais, junto com eles. A teoria tem muito mais chance de virar prática.
29. Para descobrir seu lado meio médico
Sabe aquele talento que mãe tem pra saber o que a criança tem só de olhar e a gente acha impressionante? Logo logo você também passa a ter, você vai ver. Ninguém aqui está falando de se automedicar ou sair usando remédio que nem louca, a torto e a direito, nada disso. Tem de ligar pro médico sempre, isso é básico. Mas ao menos você fica conhecendo os sintomas e já passa o serviço mais completo. E, logo, você vai ser aquela pessoa no trabalho pra quem a colega pede pra ver se está com febre mesmo. Coisa de mãe. Ou pai.
30. Pra sentir um certo gostinho de continuidade
O comediante norte-americano Jerry Seinfeld, que a gente adora, disse uma vez: “Já sei o que esses bebês estão fazendo aí. Eles estão aí pra nos substituir”. É piada, óbvio, mas ter filhos, de certa forma, é apostar numa sucessão, em uma continuidade. Você assistiu ao filme Rei Leão? Sabe aquela coisa de pertencer, de estar dentro do ciclo da vida, de ser elo de uma cadeia? É por aí, e é bacana….
31. Descobrir que você sabe contar histórias
A escritora e tradutora Lya Luft descobriu que sabia contar histórias para crianças depois que se tornou avó, e até já escreveu dois livros para crianças, em que a personagem principal é ela mesma, uma bruxa boa. Claro que não é todo mundo que tem o talento dela, mas, quando temos filho, parece que é quase natural: a gente se vê relembrando histórias da infância, inventando a partir do nada ou do mote que eles nos dão… E solta um pouco a imaginação, a fantasia… Lidar com o lúdico, né? Coisas que só fazem bem.
32. Para olhar para as coisas de novo, como pela primeira vez
“Aprendi com meu filho de dez anos/que a poesia é a descoberta/das coisas que eu nunca vi”. Esses versos de Oswald de Andrade (1890-1954) resumem tudo o que a gente quer dizer. É fácil cair nessa cilada de crescer e ir deixando de se surpreender com as coisas e ligar um tipo de piloto-automático – tudo em nome de, sei lá, um suposto “facilitar a vida”, que, no final das contas, é perder o milagre que a vida é. O filho nos ajuda a trazer tudo isso de volta. O mundo ganha novos sentidos e tudo começa outra vez a cada nova descoberta dele e sua…
33. Ter um motivo para aprender a cozinhar
Há 40 anos, a frase “já pode casar”, quando alguma mulher servia um prato saboroso, não era pejorativa, não. Mulher tinha de saber pilotar forno e fogão, era uma espécie de pré-requisito. Hoje a gente pira na hora que tem de fazer a primeira papinha do filho, é ou não é? Acontece que cozinhar pode ser uma enorme delícia e nunca é tarde pra aprender.
34. Porque o pai hoje participa de tudo
Nos anos 70, o pai ficava fora da sala de parto, não chegava nem perto de uma mamadeira, não pegava em fralda de jeito nenhum e era “chamado” só na hora de uma bronca mais pesada. Estranho? Na sua casa não é assim? Ainda bem! A pesquisa de Cecília Russo Troiano mostra que a coisa foi mudando aos poucos, sim, mas as mulheres ainda realizam a maior parte das tarefas. Por exemplo: enquanto 91% das mães levam o filho ao médico, só 4% dos pais fazem o mesmo!!! Ok, ok, falta bastante para as coisas se equilibrarem mais, mas o espaço foi aberto e isso é um ganho enorme.
35. Porque a medicina evoluiu muito
E isso é muito mais importante do que a gente pensa à primeira vista. Hoje é possível prevenir um monte de doenças, tem vacina contra gripe, rotavírus, hepatite… Se no final dos anos 60 os primeiros aparelhos de ultrasom ainda estavam chegando ao Brasil, hoje temos ultra-som 4D, os avanços das pesquisas de células-tronco não param de nos surpreender e se fala em terapias genéticas para parar doenças como o câncer. Temos mais é que comemorar, e muito.
36. Para sentir o que é ter alguém que confia 100% em você
O que é confiar, o que é confiança? Você sabe direitinho a resposta – e sente o que é isso ali, na pele – quando tem uma criança dormindo no seu colo, totalmente entregue. É maravilhoso, assim como a responsabilidade, que até pode assustar, mas faz parte: ter filho é também aprender a lidar com isso.
37. Encarar o futuro de uma nova maneira
Sim, porque, quando os filhos chegam, esse conceito deixa de ser uma abstração. A gente não pode mais só esperar que ele chegue; a gente tem de prepará-lo a cada dia. Pode ser nas coisas mais concretas, como se programando financeiramente, fazendo previdência, essas coisas. E também se preocupando em votar em políticos bacanas, entrando pra uma ONG, separando o lixo, o que for.
38. Para ter a enorme chance de se tornar um ser humano melhor
Não adianta fazer discurso: criança se espelha no exemplo, não tem jeito. É como você é e como se comporta que vai fazer diferença. É no seu comportamento que seu filho está ligado e é o que ele vai registrando, não tem conversa nenhuma. Falar uma coisa e fazer outra não dá. Ter filho é agüentar a barra do que a gente é, as conseqüências de ser quem somos e das escolhas que fazemos.
39. Ter filho não é dar à luz, é receber iluminação diária
Foi nossa colunista Tetê Pacheco, mãe de Bento e Otto, quem escreveu isso, aqui na Pais e Filhos. A gente assina embaixo. O tanto que se aprende, que nos modificamos e crescemos… É pra agradecer todo dia!
40. Porque seu filho é único e tudo que você sente em relação a ele é intraduzível…
Tem gente que diz que a escolha de ter filhos é difícil porque é definitiva… Bem, definitivo, para nós, é não ter filhos! E cada um vai descobrir seu jeito de ser pai e mãe, não tem uma receita. Cada universo único que uma vida é. Nós, aqui da Pais e Filhos, só podemos mais uma vez dizer o que a gente vem falando desde sempre, até na missão da nossa revista: aproveite tudo que a maternidade ou a paternidade está te trazendo!
CONSULTORIA: * ANDRÉ TRINDADE, PAI DE CRIAÇÃO DE GABRIEL E LAURA, É PSICÓLOGO E PSICOMOTRISTA, TEL.: (11) 3063-2987, WWW.NUCLEODOMOVIMENTO.COM.BR *
* BERENICE GEHLEN ADAMS, MÃE DE ALICE, ELMA E ARTUR, É AUTORA DE AQUECIMENTO GLOBAL, O QUE É ISSO, AFINAL?, ED. APOEMA
* CLAUDIA WERNECK, MÃE DE DIEGO E TALITA, É JORNALISTA, ESCRITORA E CRIADORA DA ONG ESCOLA DE GENTE, TEL.: (21) 2483-1780
* DEBORAH VALENTINI, MÃE DE RENATO E GUSTAVO, É PSICANALISTA, TEL.: (11) 3817-5652
* ELIANA POMMÉ, MÃE DE LUANA, NAILA E PETRUS, É PSICÓLOGA ESPECIALISTA EM PARTO E PÓS-PARTO, TEL.: (11) 3862-1420
* ELIANA SALCEDO, MÃE DE DANIEL, RICARDO E THIAGO, É PRESIDENTE DA ONG RECRIAR, WWW.RECRIAR.ORG.BR
* LIDIA ARATANGY, MÃE DE CLAUDIA, SILVIA, UCHA E SERGIO, É PSICOTERAPEUTA, TEL.: (11) 3873-6812
* PATRICIA BROGGI, MÃE DE LUCA E TIAGO, É JORNALISTA
* TETÊ PACHECO, MÃE DE OTTO E BENTO, É PUBLICITÁRIA
Ridiculo! Simplesmente ridículo!
Filho é um fardo sem volta!
Por favor, parece que essa matéria foi feita para pessoas imaturas que querem uma razão para crescer!! Por favor! O amadurecimento causado pela chegada de um filho é um processo tulmutuado e doloroso e não esse romântico conto de fadas, e o pior, tem no centro uma pessoa que sofre com esse todo o processo que é a criança. Amadurecer, sentir amor, ter respeito pelo próximo, pelos pais e pelo meio ambiente deve fazer parte da nossa construção como ser humano e não estar condicionado à uma causa particular que é a chegada de um filho. O mundo será muito melhor quando o ser humano entender que deve-se trocar amor incondicional por filhos pelo respeito incondicional ao próximo, aí sim, filho se tornará a consequencia de algo muito maior e maravilhoso.
É uma pena que o foco desse texto tenha sido segregar ao invés de incluir, e alimentar o estigma ao invés de colaborar para a compreensão, aceitação e respeito à decisão de algumas mulheres de não terem filho.
Colocar centenas de milhares de mulheres ao redor do mundo em uma categoria de seres egoístas, não-evoluídos, imaturos, irresponsáveis e conspiracionistas pelo simples fato de que elas tiveram coragem de assumir a falta de desejo de gerar um filho, não me parece a melhor maneira de garantir que esse mundo seja bom o bastante para receber e cuidar do bando de filhos que vocês tiveram a chance e a opção de parir.
A quem interessas possa, aqui está um blog onde vocês poderão refletir sobre a dúvida em relação a ter filhos ou não, até sentirem-se capazes e seguras para tomarem uma decisão, sem se sentirem como alieníginas ou serem taxads de conspiracionistas.
http://www.uterovazio.blogspot.com
Eu sempre quis ser mãe, mas depois de ler a matéria e ler o livro tive certeza, NÃO QUERO TER FILHOS NUNCA! Sou um ser humano bem egoísta e via isso como uma forma de deixar de ser, bem, esse texto me fez dar conta de que não vou e nem nunca serei uma boa mãe, ter um filho não NADA perto do que quero para mim. Obrigada pela ajuda meio as avessas.
Sem dúvida existem essas e outras razões mas para mim se resume em: VC SENTE TODOS OS DIAS QUE DEUS EXITE E TE AMA MUITO, ser mãe é indescritível e é uma experiência que ficaria muito triste de não poder viver, ainda assim, adotaria, para não perdê-la, está acima de todos esses comentários é muito maior que tudo isso, e quem acha utópico é sem dúvida porque não vivenciou! um grande beijo a quem já é, e coragem pra quem está em dúvida: VALE A PENA!
PARA TODAS AS MULHERES QUE FICARAM INDIGNADAS COM ESSE TEXTO:
A escritora fez um livro indicando não ter filhos, nada mais justo do que uma resposta. E vcs tbm não estão sendo nem um pouco respeituosas em dizer que filhos são o pandemonio. Se querem ser respeitadas, comecem a respeitar as mulhereres que querem ter filhos, pq se não fosse a sua mãe desejar ser mãe, vc não estaria aqui.
Por isso acho muito digno quem não quer ser mãe respeitar quem quer. Alguem desejou que vc existisse então pelo menos respeite e seja agradecida por isso.
E sinceramente, não sou crente, não frequento nenhuma igreja, mas digo a vcs é que falta Deus em seus corações. Mulheres egoistas, que não querem ser mãe, que só pensam na carreira e aproveitar sua propria vida com futilidades, vão para o caixão como todo mundo, e enquanto eu levo dentro dele o amor puro que dei e recebi de meus filhos, vcs levarão seus holerites e celulares e roupas. Enquanto meus filhos e netos chorarão minha ausencia, vc quase não será lembrada, pois seus pais já morreram, seu marido provavelmente já morreu tbm (se vc não se divorciar antes) e vc ñ deixou nada aqui na terra que realmente importa….Enquanto meu natais, pascoas e dias das mãe serão povoados e cheios de amor, o de vcs vai ser vazio e sem sentido.
E o mais importante, vc NUNCA, mais NUNCA mesmo vai saber como é o maior amor que se pode existir, o AGAPE, o amor mais forte e puro que existe…E não me venha com churumelas, dizendo que vc consegue amor puro em outra coisa, pq minha querida, vc esta se iludindo, eu te garando, não existe amor maior e mais sincero do que a de uma mãe…
E isso para mim não me revolta não, pq como já disse e volto a dizer essa é sua escolha e eu respeito ela, o que eu sinto por vc é pena. Não se sinta ofendia por eu sentir pena de vc, pq a pena que eu sinto é só pena, e não pena com ironia…
Eu sinto pena por vcs pq eu acho que todo ser humano deveria sentir muito amor, e estar cada vez mais perto da redenção.
Que lista horrorosa. É muita falta de visão do mundo no qual vivemos e “”viveremos””.
Resumindo, por motivos egoístas, sempre!
Porque coragem de escrever – Porque o mundo é um lugar maravilhoso, viver é ótimo e estamos precisando de mais gente para ficar ainda melhor! ninguém diz, né????
QUEM NAO QUER SER MAE NAO SEJA, MAS RESPEITE QUEM É. SE VC ACHA QUE FILHO É UM FARDO É PQ VC FOI UM FARDO PRA SEUS PAIS??????????????? TENHO ESSA DÚVIDA, MAS TUDO BEM VÉIIII
Excelente texto!!!
Penso dessa forma! Melhor coisa do mundo é ter filho!
Acho que uma mulher que não tem um filho pq não quer ou por puro egoismo não é uma mulher de verdade!!!! E tenho muita pena delas, pois nunca saberão o verdadeiro sentido de suas vidas!!!
Amei o texto! E só uma mãe de verdade sabe o que é amar alguém mais do que a si mesmo, e ser tão amada!!!
Fico pensando o que essas pessoas que dão essas razões para não ter filhos pensariam se as suas próprias mães pensassem assim antes deles(as) nascerem. É isso mesmo vcs não existiriam! Pq vcs não dão uma oportunidade a essas crianças q poderiam nascer de vcs, assim como suas mães fizeram????
Pensem nisso…
P.S: SER MÃE É A MELHOR COISA DO MUNDO!!!!!
Olha, eu sei que muitas mulheres acharam meio absurdo quanto aos tópicos que disseram que filho faz com que nos tornemos pessoas melhores, o que acontece, pegando como exemplo o comentário da Simone, é que muitos pais foram pais sem pensar, sem querer, sem planejar… ou até planejaram, mas tiveram uma criação diferente da minha ou da sua. Isso é só uma confirmação de que ninguém é igual a ninguem. Pode ser que o fato de nos tornarmos uma pessoa melhor devido a experiencia de se ter um filho não se adeque a algumas pessoas, por diferentes motivos, mas posso afirmar que para a maioria a mudança para melhor é inevitável. Digo isso pq eu não queria filhos, nunca fui fã de criança, então do nada veio a vontade. Engravidei. Cheguei a me questionar se amaria meu filho, me questionei mesmo!!! Quando ele nasceu, chorei 1 semana, não por depressão, mas sim pelo amor que de repente foi lançado ao meu coração e que parecia transbordar através das lágrimas. Ser mãe é maravilhoso, exige muito com..
… com certeza, mas compensa. Esse amor que nasceu em mim, me fez ser uma pessoa melhor, sim. E hoje quando o vejo correndo no parque, brincando com um largo sorriso no rosto, cheio de saúde, agradeço à Deus por ter me abençoado tanto… Só sendo mãe para entender…
Creio que a matéria foi infeliz em segregar as pessoas que decidem concientemente em nao ter filhos, colocando as que decidem numa categoria de ser humano melhor, nas verdade a grande maioria das 40 razoes listadas me parecem pífias e utópicas , creio que um casal com estabilidade econômica e emocional que decida ter filhos poderá dar aos filhos um ambiente saudável, e mesmo assim isso nao garante quando forem adultos serao boas pessoas, um grande percentual dos casamentos acaba cedo muitas vezes deixando como saldo uma criança com problemas emocionais e pisicologicos, crianças sao (quase) sempre maravilhosas o problema e quando viram adultas, vós fala um pai de uma filha de 17 anos.
Muito bom amei,sou casada á 6 anos,eu e meu esposo sempre quis ter filhos,só esperava o momento certo,ter filhos é formar uma família de verdade seja filho biológico ou adotado creio que o amor é o mesmo,emfim li a matéria inteira e as 40 razões me convenceram mais ainda,essa matéria só vale para quem lá no fundo do coração quer ser mãe de verdade.Incrível a matéria,sensacional
PARA MIM A MATERNIDADE FOI ALGO MARAVILHOSO, QUE VEIO NA MELHOR HORA DA MINHA VIDA; TUDO BEM PLANEJADO. E DESCOBRIR O MAIOR AMOR DO MUNDO.
POREM É CLARO Q DEVEM EXISTIR MILHÕES DE RAZÕES NEGATIVAS PARA AQUELAS QUE NÃO TEM A MATERNIDADE COMO PRIORIDADE EM SUAS VIDAS.
ASSIM CONCORDO Q A MELHOR OPÇÃO PARA ESSAS MULHERES É REALMENTE NÃO TER FILHOS, PARA O BEM DOS MESMOS.
Filho a gente cria pro mundo e não pra nós… A não ser quando são pequenos…Mas depois que cresce eles vão seguir a vida deles … Dependendo do filho nem dão bola para os pais… Criança dá trabalho e quando cresce dá mais trabalho ainda ….. Esse mundo ta muito violento já querem liberar a maconha então imagina como vai ficar esse mundo hoje em dia não dá nem pra educar o filho tua vai dar uma surra nele e já querem te prender,…. Pensando que tu ta maltratando seu filho e apenas tu ta educando … E tens vários motivos para não ter filho .. Filho é um laço muito forte e quem é mãe sofre quando filho ta mal na vida e não pode fazer nada… Infeslimente essa a realidade…
MAIOR AMOR Q EXISTE
PARA MIM A MATERNIDADE FOI ALGO MARAVILHOSO, QUE VEIO NA MELHOR HORA DA MINHA VIDA; TUDO BEM PLANEJADO. E DESCOBRIR O MAIOR AMOR DO MUNDO.
POREM É CLARO Q DEVEM EXISTIR MILHÕES DE RAZÕES NEGATIVAS PARA AQUELAS QUE NÃO TEM A MATERNIDADE COMO PRIORIDADE EM SUAS VIDAS.
ASSIM CONCORDO Q A MELHOR OPÇÃO PARA ESSAS MULHERES É REALMENTE NÃO TER FILHOS, PARA O BEM DOS MESMOS.