
Ótima notícia: vai sobrar dinheiro no fim do mês!
E não tem nada de mágica, não. Tudo o que você precisa fazer é adotar a palavra or-ga-ni-za-ção como um mantra. O resultado vai aparecer no seu bolso. Quer apostar?
Quem nunca ouviu a máxima “Tempo É dinheiro”?
Pois é a mais pura verdade. Cada minuto que você gasta organizando sua vida financeira reverte em saldo positivo no fim do mês. Para colocar na poupança, bancar o feriado na praia ou até comprar aquele vestido maravilhoso e à vista! Estudar contas e extratos pode não ser um programa divertido, mas vale a pena tirar uma tarde chuvosa para mergulhar na papelada. Basta dar uma olhada em quanto poderá poupar em um ano com os cálculos feitos pela consultora financeira Alessandra DEnfelt, da Mony Consultoria*. O lucro será todo seu!
1. Otimize o uso do celular
Tempo necessário – 1 hora
Economia média – 600 reais por ano
É mesmo uma comodidade poder andar com o aparelhinho em punho no corredor do shopping, na balada, no cabeleireiro… O senão: ele abocanha uma bela cota dos seus ganhos. Calma, não é preciso cancelar a linha, apenas racionalizar. “Antes de mais nada, evite usar o celular somente pela facilidade da agenda, por exemplo, havendo um aparelho fixo por perto”, aconselha Alessandra. Além disso, pense: você realmente precisa de um pós-pago? Para matar a charada, examine o extrato mensal dos últimos três meses. Se constatar que usa o aparelho mais para receber telefonemas, vale a pena adquirir um pré-pago. Por esse sistema você controla o que gasta e consegue poupar até 100 reais por mês comparando com o outro. “O pós-pago é indicado para quem faz mais de 40 minutos de ligações por mês e muitas chamadas interurbanas. Mesmo assim, estude os planos tarifários promocionais e adote aquele mais próximo do seu perfil. A economia pode chegar a 30%”, afirma a especialista.
2. Negocie a anuidade do cartão de crédito
Tempo necessário – 30 minutos
Economia média – 70 reais por ano
Um belo dia, junto com a fatura do seu cartão, vem também a anuidade com um aumento salgado. Em vez de engolir em seco e pagar a conta, pesquise os valores cobrados pelas outras administradoras e negocie. Se não tiver jeito, escolha uma que lhe dê mais vantagens e troque de cartão. Sem falar que, se só tem planos de viajar para o exterior no fim do ano que vem, para que continuar pagando por um cartão internacional? Opte pelo que vale apenas dentro do país e desembolse menos. Em algumas operadoras, a anuidade do cartão nacional custa a metade do internacional (que pode chegar a 150 reais). Ah! Um é mais que suficiente. Assim, reduz as despesas de manutenção.
3. Reveja a tevê por assinatura
Tempo necessário – 30 minutos
Economia média – 600 reais por ano
Você não consegue mais viver sem tevê a cabo? Tudo bem. Não é preciso eliminar a despesa pela raiz. “Observe quais são seus canais favoritos. Caso eles façam parte do pacote básico, por que continuar pagando mais pelo avançado?”, reflete Alessandra. Em uma das operadoras, por exemplo, a diferença entre os dois planos é de 50 reais. E mais: se você vive uma fase em que mal dá tempo de ligar a tevê, pode até valer a pena abrir mão dos canais de cinema, geralmente mais caros, e alugar um dvd quando realmente estiver a fim de assistir a um filme, uma ou duas vezes por mês. “Com as vantagens de escolher o horário e o que quer ver.”
4. Analise a conta do telefone fixo
Tempo necessário – 1 hora
Economia média – 200 reais por ano
Você é daquelas que adoram ficar penduradas ao telefone jogando conversa fora? Mesmo assim, dá para emagrecer em pelo menos 10% seus gastos. “Pegue na gaveta os últimos seis demonstrativos e mantenha os olhos neles até perceber qual é seu padrão de consumo”, ensina Alessandra. Por exemplo, se mesmo morando sozinha sempre paga excesso de impulsos, trate de controlar isso. Em algumas cidades, a assinatura mensal dá direito a 100 pulsos locais (exceto para celulares). Que tal colocar como objetivo se manter dentro da cota? Ajuda usar o telefone nos horários mais baratos, evitar ao máximo discar para celulares e marcar bate-papos ao vivo com a turma.
Em segundo lugar, repare quantos interurbanos costuma fazer, quando e para quais localidades. Com essas informações à mão, compare as ofertas das operadoras e escolha as melhores taxas de acordo com o seu perfil. Cheque tarifas por minuto, impostos e promoções nos sites www.buscape. com.br; www.telecompare.com.br. Para finalizar, elimine a despesa com internet optando por um provedor gratuito.
5. Fique de olho no extrato bancário
Tempo necessário – 1 hora e meia
Economia média – 200 reais por ano
Essa tarefa pode levar mais tempo do que você imagina, mas não desanime. Com os últimos três extratos na mão, circule com uma caneta marca-texto todas as taxas que você anda pagando. Uma vez identificadas, fica mais fácil pensar em formas de diminuí-las ao máximo. Fazer saques fora do caixa eletrônico do seu próprio banco, usar mais de um talão por mês ou passar cheques de valor pequeno, por exemplo, tem um custo alto. As taxas podem ir de 50 centavos a 5 reais e, somadas, chegam a 20, 30 reais por mês. Para conseguir descontos, faça pagamentos e solicite informativos pela internet. “Além disso, concentre suas transações em um único banco, pois, geralmente, eles dão vantagens a clientes com maior movimentação”, sugere Cláudio Gradilone, autor de Investindo sem Susto (Campus). Para ficar por dentro das tarifas que cada instituição cobra, basta entrar no site do banco central: www.bancocentral.gov.br
* Cálculos feitos com base nos valores cobrados pelas prestadoras de serviços em julho de 2003.
Comece já a fazer seu diário financeiro
Leva no máximo 10 minutos por dia e é a melhor forma de ter a exata noção de como anda gastando seu salário. Registre, diariamente, cada centavo gasto: 3 reais pagos no estacionamento do shopping, 1 que usou para comprar um café, 20 deixados na farmácia. Então, em uma planilha, organize as despesas por itens: lazer, higiene / beleza / saúde, alimentação, transporte, roupas / acessórios… “Geralmente, 70% das nossas despesas referem-se às contas fixas. O restante do dinheiro vai embora em pequenas compras que às vezes nem notamos”, fala Gradilone. Por isso é tão importante registrar tudo.
Crédito: Revista Nova