
Tenho observado uma certa e incômoda inversão de valores e conceitos na Educação que se diz moderna. Discute-se tanto o que se ensinar na Escola, trazer à tona princípios de cidadania, aos pais diz-se não castrar seus filhos, no sentido de capacidade criativa, porém não se falou ainda de não tentar estabelecer limites e inverter valores, pelo que sei.
Há uma super-interpretação e estereótipo de o que se deve fazer em termos de Educação e Psicologia Infanto-Juvenil, tanto pelo lado dos pais quanto pelo lado dos professores, psicólogos, pedagogos, etc.
Tudo agora parece ser, inclusive ainda legislado por um permissivo Estatuto que protege de tal forma que forma também verdadeiros marginais que fazem tudo que querem e se a eles é remetido um A que seja a eles tudo é direito e aos outros somente punição.
Inverte-se também valores dos papéis de professores e pais, Escola e Lar, esses valores nitidamente separados por formação curricular, do conhecimento, de formação de cultura e acadêmica na Escola e em casa, no berço familiar o básico de ética, cidadania, religião, moral, etc.
Hoje, parece que tudo foi importado pela Escola, e nem sempre isso é possível de ser trabalhado. Se temos deficiências básicas no Ensino e uma aprendizagem ineficaz a ponto de alguns alunos terem dificuldades de acentuar, grafar corretamente ou mesmo fazer continhas simples que qualquer criança antigamente na primeira série fazia, imaginem se esse mesmo aluno tem preparo pra discutir filosofia e sociologia?
Lógico, sei que é importante, sei que pode ser abordado, e defendo, desde que não tome tempo de disciplinas básicas e necessárias e desde que o básico seja bem e efetivamente ensinado em primeiro lugar. Vejo que em escolas que a infraestrutura de suas instalações está caindo aos pedaços e fala-se de remunerar os premiados com notas altas, com até quase R$ 2.000,00, não desmereço a necessidade que esse aluno pode ter de vir a conquistar tal mérito, mas acredito que antes haja necessidade de o aluno ter direito onde estudar, ao meu ver.
Por essas e outras, vemos um sistema à beira, senão já na falência.
Quanto ao ponto de vista de “berço”, parece que os pais estão também num sistema em suas casas falidos, pois os meninos vêm para escola ou para qualquer outro ambiente denunciando um arsenal de atitudes que denunciam total e completo desrespeito aos mestres e falta de educação mesmo familiar.
Salvo algumas exceções, eles pessoal e individualmente falando são umas graças, educados e respeitosos, mas quando se juntam, é uma verdadeira “matilha” se engalfinhando ou parece pior que uma tribo de índios em festa quando estão em sala de aula.
O professor? É um mero enfeite ou empregado dele. Isso em escolas particulares. Nas públicas, podemos observar até meninos menores de 15 anos armados e munidos de tudo mais que não se deve em uma instituição de ensino.
Está muito difícil Educar, formar cidadãos e jovens críticos e inteiros, pois o sistema não está mais permitindo e muitas vezes, os pais também não ajudando.
Por essa e outras, que eu e mais uma dúzia (isso pra resumir) de professores ainda nos perguntamos: aonde isso vai parar?
Então, pais, professores, governantes e até mesmo vocês jovens: ACORDEM! Precisamos de Educação de verdade. URGENTE!