Em marcha lenta

Entendimento é quando um idoso caminha devagar na nossa frente, e a gente mesmo estando com pressa não reclama (Dicionário Amoroso – Luiz Gonzaga Pinheiro)

Um dia desses observei pai e filha em uma calçada, e a frente deles uma senhorinha idosa caminhando lentamente. Ao se aproximarem, por parte do pai uma irritação visível com o caminhar vagaroso da senhora, porém por parte da criança a decisão de passar à frente, sem molestar ou ser grosseira. Pensei com os meus botões, tomara, possa ele aprender com a filha, e pensando nisso, me ocorreu de escrever sobre isso.

Normalmente, as pessoas idosas caminham a uma velocidade menor (75%) que um jovem. Isto as coloca em situação de risco, considerando também que nem sempre o trânsito foi planejado para elas, o que é agravado pelos impacientes, tanto nos automóveis quanto nas calçadas; uma verdadeira competição desleal.

A informação se presta, para que tenhamos paciência, com o caminhar vagaroso dos idosos. Em certos casos mais delicados, seria interessante se pudéssemos auxiliá-los a atravessar ruas, subirem nos ônibus, entre outras atividades. Também seria bom orientá-los com carinho e insistência, sobre a importância de atravessarem na faixa de pedestres, tendo atenção aos faróis (semáforos), alertando-os também sobre a importância de observar se não há carros se aproximando, mesmo estando o sinal de pedestres verde.

Limitar as atividades dos nossos pais ou avós, teria um impacto extremamente negativo sobre a sua saúde e bem estar. A nós familiares seria mais adequado observar a necessidade de acompanhá-los em seus passeios e caminhadas ou na impossibilidade designar alguém para fazê-lo. O fortalecimento muscular através de exercícios orientados por profissionais da área, também lhes dará mais segurança e confiança para caminharem.

Nota: Nas mulheres um dos fatores que diminui a velocidade no caminhar, é a perda de densidade mineral óssea (BMD) – “Journal of the American Geriatrics Society”.

Leitura: O envelhecimento no trânsito – Claudia Aline Soares, Magna Rosane Cruz e Eliéze Bulhões. – Publicado pela Casa do Psicólogo.

28 comentários em “Em marcha lenta

  1. Por isso acho tão importante os cuidados com a saúde e a prática de atividades físicas, assim garantimos que nossos pilares (pernas), possam nos sustentar e nos levar por ai.
    bjks

  2. Na verdade todos devemos entender as limitações alheias, sejam elas por idade, doença, falta de preparo para uma tarefa ou conhecimento. Eu me pego sendo impaciente, esse texto seviu pra me relembrar de que devo respeitar sempre o ritmo do próximo.

  3. Parabéns ao “”Caderno R””, pela “”aquisição”” da nova colunista, que, com seus artigos esclarecedors, muito contribui à compreensão e respeito que esse país deve dar e nem sempre dá, aos idosos e crianças.

  4. Você em uma redação de bom gosto, escreve com facilidade proporcionando uma tertúlia interativa. Apesar de assoberbada pelo trabalho, faz milagre com o tempo e nos proporciona leitura minudente sobre assuntos que aborda proporcionando reflexões às pessoas idosas.
    Faz espaço dentro do seu espaço e com amor peculiar que só as pessoas do sexo feminino têm consegue perfumar a leitura com amor aos ascendentes, visto que já é o agradecimento pelo melhor presente – a vida. Você é linda física e espiritualmente.

  5. O mais jovem, impaciente com a lentidão dos idosos,
    esquece que tbém tem suas limitações e feliz será se
    chegar a velhice.

  6. Suas informações e formação são maravilhosas.
    Assim todos tivessem alcanse a essas informações.
    Penso muito em mim lá na frente.
    Beijos minha linda!

  7. Ótimo exemplo de aceitação do outro, de suas limitações e diferenças. Parabéns pela observação.
    Beijos

  8. Parabéns à esse se exemplo de “”SOLIDARIEDADE E CIDADANIA””

    PS. você está muito gata!!!
    sua fã

  9. Realmente, as pessoas mais idosas e minha mãe já se encaixa neste item, pois além da idade tem também o problema da osteoporose, andam devagar e é preciso que as pessoas atraás ou em volta percebam esta deficiência, que respeitem os idosos, que não se irritem com isso, principalmente porque um dia seremos nós assim também.
    Parabéns Silvia pelos excelentes posts!
    bjs

  10. Eu preciso exercitar a paciência, e depois do que li mais ainda, meus pais são velhinhos, e as vezes fico impaciente com o andar mais lento deles.
    Obrigada

  11. A senhora de uma forma objetiva, disse tudo, realmente as pessoas são impacientes com os idosos, nas calçadas, nas filas de supermercados, no shopping, esquecendo-se que um dia também envelhecerão.Respeito, deveria ser ensinado na pré escola, principalmente porque os pais não dão exemplo, quem sabe assim as crianças os ensinariam.
    abraços

  12. Silvia,gostei muito do seu texto.Mas tenho 81 anos e pernas muito compridas!Por isso consigo andar devagar só quando canso(que infelizmente acontece cada vez mais cedo).Confesso que já senti uma certa impaciência quando fiquei momentáneamente “”bloqueado””poridosos,mas quase imediatamente
    me envergonhei disso,pois um dia e agora logo,logo eu posso ser o bloqueio.Parabens pelo excelente texto.bjs

  13. Ler os seus escritos, sempre é um presente!

    Num mundo cada vez mais ditador de juventude, beleza… Ler essa matéria me leva a repensar coisas importantes.
    Parabéns! Um beijo.

  14. Parabéns, Colunista!

    Li com muita gratidão o seu escrito. Tenho pais e tios idosos, e ler o que vc escreveu muito me ajudou a rever coisas em minha vida.
    Quero ler mais sua coluna.

  15. Silvia,

    que texto bonito! Um imperativo para revermos nossos valores! Gostei muito, suave e ao mesmo tempo nos leva a ver e rever conceitos.
    Um beijo,

  16. Obrigado Colunista !

    Seu texto ajudou-me a entender e olhar com mais carinho para os idosos que comigo convivem.
    Serei sua leitura assidua. Se me permite, escreva mais sobre os idosos.

  17. Colunista,

    parabéns pelo tema!

    Seu posicionamento durante toda a redação foi de espectadora, despertando no Leitor uma vontade de fazer e agir diferente. Gostei muito!

  18. Em marcha lenta anda a humanidade que não respeita mais seus velhos e nem o ser humano…
    Parabéns pelas palavras e expressar o que muitos gostariam!

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