Laços de amizade e aceitação

Já ouvi uma frase que dizia algo como os amigos são os familiares que pudemos escolher.  Interessante, pois na amizade temos mais liberdade, tanto de escolher como de ser escolhido, e porque isso? Por que não nos sentimos angustiados quando não somos escolhidos por alguém que não conhecemos por exemplo?  Porque não existe o laço afetivo.

Quando criamos o laço, efetivamente colocamos o outro pra dentro de nós, assim, ele passa a fazer parte de nosso Ser. Isso se d em ambas as vias, ou seja, o outro (a pessoa com quem nos relacionamos) também cria esse vínculo e nos coloca (ou no) dentro dele, por isso sentimos subjetivamente, que estamos vinculados, dentro dele  e portanto, que fomos ACEITOS.

Muitas vezes, somos apresentados a algum, e sentimos que não gostamos daquela pessoa, ou que ela não tenha gostado de nós. Isso porque se d por algum motivo inconsciente que fez com que não se criasse o LAÇO, o VÍNCULO, assim, não ACEITAMOS o outro e não o colocamos dentro de nós, ou ele não nos aceitou dentro dele. 

São várias as possibilidades dessas relações vinculares e estão presentes em todos os relacionamentos, e o que vai definir o envolvimento desse laço, são fatores como a experiência de vida de cada um, as necessidades e demandas subjetivas de um e de outro, coisas que vão muito além do alcance racional e lógico de nosso EGO, que tem uma viso concreta do mundo.

O vínculo alimenta nosso SER, e assim alimentamos o outro SER que faz parte da mesma corrente invisível (laço).  Sentimos através desse vínculo, que fomos aceitos, isso nos traz uma sensação gostosa, de que pertencemos a algum, e que também o outro nos pertence pois figura dentro de nós.  A partir da, podemos pensar naquela pessoa, lembrar-se dela, sentir vontade de conversar com ela, sentir sua falta.

Na amizade especificamente, ocorre esse laço de forma democrática, pois temos total liberdade tanto de aceitar como de sermos aceitos, ou deixar que o outro nos coloque pra dentro de si.

Essa liberdade nos laços de amizade, faz com que ela (a amizade) seja a base de todos os relacionamentos humanos, e est presente desde o relacionamento conjugal, familiar – com os pais ou com os filhos, parentes, e pessoas com quem simplesmente nos dirigimos ao nos comunicarmos para por exemplo, o balconista da padaria.

A todo instante vivenciamos e experienciamos um vínculo.  Ele est presente em todos os nossos relacionamentos, por mais rápidos e cotidianos.  O sentimento de pertença que  gerado pelo vincular-se, de uma forma mais ou menos intensa, claro, depende do tipo de vinculo e do grau de envolvimento que criamos com tal pessoa.  O quanto mais nítido o colocamos dentro de nós, e/ou o quanto mais facilmente nos deixamos ser acolhidos dentro do (e pelo) outro.

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