O lúdico lado do amor!

Fui semana passada para a Semana Acadêmica da UFF e muitas vezes tive intervalos infindáveis entre as palestras, atividades e dava tempo pra sair, ir pro computador ver e-mail, conversar com amigos na internet, ir em busca de livros e tudo mais.

Tive a experiência nova de atravessar de Barca até lá, coisa que não havia experimentado, e até que gostei, é rápido, super gostoso, não me estressei com trânsito e tudo mais.

Era só impressionante a quantidade de pessoas de todos os níveis que iam e voltavam de Niterói via Barca.

Mas o que mais foi impressionante pra mim foram os retornos pro Rio, e minhas andanças pelo Centro da cidade.

Um dia, tive que comprar um livro na Interciência e parar numa farmácia ali pertinho e de 2 quarteirões que andei reparei uns cinco casais se beijando cinematograficamente.

Um deles era até engraçado que eu quando os vi, imaginei uma música linda, um bolero, do Astor Piazzola que toca no fime “Perfume de Mulher”, achei tão cômico aquele cenário, mas ao mesmo tempo lindo, que até me emocionei (que engraçado, como estou sensível).

Nos outros nem foi tão impactante, foram casais que no sinal, no jornaleiro e em outros locais inusitados demonstravam a sua paixão de forma desapegada e não se importando com quem estava a sua volta.

As diferenças também entre os casais eram muito interessantes: negros com brancas, gordos com magros, altos com baixos, todos eram casais com diferenças entre eles.

Outro dia, tive que ir até à Central e por perto do sinal de um dos McDonnald´s da Presidente Vargas pude me deparar com um casal de mendigos andando de mãos dadas.

Esses dois me surpreenderam, além disso andaram na minha frente até próximo da Central, daí fui observando. O carinho que envolvia os dois era uma coisa tão linda, tão lúdica… Eles encerraram essa caminhada com um beijo e sentando-se num canto de uma calçada e um indo deitando a cabeça sobre o outro no colo de um deles. Mas o beijo foi tão sincero e singelo, uma coisa tão profunda de ser vista, uma aliança da semelhança entre eles: a pobreza, a miséria, a falta de moradia, a falta de higiene, a falta de tudo, mas o amor ali estava. Por mais uma vez… Chorei. E não foi pouco, pois estava já sensível.

Vivi momentos em que amigos me falaram coisas que precisavam ser ditas, mas não era a hora certa de ouvir, pois estou vivendo algumas dificuldades, faltas de carinho e por essa carência, eu muitas vezes precisava dizer: quero colo, mas entenderam que deveriam me colocar com os pés no chão.

Somatizando isso a esses momentos e observações não pude deixar de me sentir sensibilizada.

Demorou pra contar isso pra vocês, pois na realidade eu não consigo entender como pode algo tão belo e tão simples de ser sentido possa ser tão difícil pra alguns, e particularmente pra mim.

Para mim, é realmente utópica a idéia de amar e ser amada, viver e conviver e ser feliz.

Quem sabe um dia, lá na velhice, eu tenha essa felicidade antes de morrer?

Um beijo com amor em todos meus amigos.

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