
Em primeiro lugar, se faz necessário entendermos que a solidão é um estado interior do indivíduo e, portanto, vivenciado de maneira totalmente subjetiva, ou seja cada um “sente” a solidão à sua maneira. Muitas vezes podemos estar acompanhados e nos sentir sós, enquanto que, em outras ocasiões estamos desacompanhados, sem ninguém por perto e não sentimos solidão.
Com freqüência temos medo de ficar sozinhos porque acreditamos que iremos encontrar nossos próprios fantasmas. Isso é assustador e muito nos amedronta, pois aprendemos desde criança que devemos explorar o mundo externo e crescer com as experiências acumuladas que nos são passadas através do processo da educação. Esquecemos com isso, o fato de que todas as respostas já estão dentro de nós, a espera de serem acessadas pelo processo do autoconhecimento.
Outro aspecto de nossa sociedade atual é a violência, a competividade desenfreada e o extremo individualismo que acaba fazendo com que enxerguemos na pessoa ao lado, alguém ameaçador, um inimigo em potencial, contra o qual devemos, no mínimo, desconfiar. Com tal postura, acabamos perdendo a espontaneidade e a alegria do contato. Esquecemos de olhar no rosto de quem cruza por nós e dizer bom dia! Deixamos de exercitar virtudes como a gentileza e a cortesia, até mesmo de sorrir para quem nos olha.
Tais atitudes nos afastam da nossa real natureza e cavam sorrateiramente o abismo da solidão que vai, pouco a pouco, nos transformando em “eremitas do asfalto”. Então, projetamos no mundo a nossa sombra e acabamos por acreditar que ninguém nos acolhe ou reconhece e que somos deserdados da sorte e até mesmo, esquecidos por Deus.
Precisamos entender de vez por todas que estamos todos interligados numa imensa teia cósmica…
Experimente ir de encontro ao mundo ao invés de ficar paralisado, achando que o mundo não lhe aceita. Saia da posição de vítima. Recupere o poder de escolher as melhores opções para você mesmo!