No mundo das grandes empresas, corporações, multinacionais, ou seja lá o que for do mundo capitalista londrino, o fim de ano é sinônimo de vergonha. A tradição das Christmas Parties nas firmas não sei desde quando existe, provavelmente desde os tempos da Revolução Industrial. Dá para imaginar na Era Vitoriana aquele bando de homens extremamente formais, vestindo suas cartolas e fraques, enfiando sonoramente o pé na jaca e dando uns amassos na gostosa colega de trabalho, para dois dias depois, com a cabeça menos latejante de tanto gim, vir como um cachorrinho pedir perdão com um cerimonial abaixar de cabeça frente à dama. A mesma cultura que venera a distância, a formalidade e a superficialidade (desagradáveis filosofias às quais lamentavelmente eu, no exílio, sou obrigado a confessar ter aderido à força em 3,5 anos de Britannia) venera e abençoa os sonoros pés na jaca. Cansei de ver britânicos no metrô, meia-noite de sexta-feira ou sábado, bêbados, fazendo coisas absolutamente horrendas. Uma amiga minha foi ao limite ao testemunhar um sujeito defecando em pleno corredor de acesso à Central Line na estação Bond Street. O honrado cidadão, que claramente não era um mendigo mas sim um representante da classe média londrina, com o rosto contraído de gargalhadas e fétidos odores. No dia seguinte, é assim: na dor de cabeça, liga um amigo. Risadas. "Você não acredita o que eu fiz ontem à noite, mate..." Há também aqueles que se orgulham de perder o celular durante a noitada, ou de acordar na sarjeta, e que guardam essas lembranças como troféus imaginários no armário de bebidas de suas mentes.
Alguns números são sempre bons: uma pesquisa (o assunto é tão importante que foi objeto de pesquisas) feita pela Momentum Financial Services concluiu que aproximadamente 2,3 milhões de pessoas no Reino Unido vão fazer algo embaraçoso na festa de Natal da firma neste ano. Das 1200 pessoas que responderam à pesquisa, 44% disseram que dançaram "de maneira imprópria" na festa do ano passado; cerca de 30% deram um amasso no(a) colega de trabalho, 22% disseram, com todas as letras, para o chefe enfiar naquele lugar o salário sem aumento deste ano, e por aí vai. Outra pesquisa, conduzida pela Royal Society for Prevention of Accidents, indica que as festas desse tipo vão representar um gasto de 110 milhões de libras às empresas neste final de ano. O prejuízo é maior se levarmos em conta que 1 em cada 5 funcionários festeiros vai tirar 3 ou mais dias de folga depois da orgia para se recuperar. Alguns deles vão se recuperar não só da bebedeira, mas de cortes profundos na bunda e nos genitais, já que aqui existe o hábito idiota de alguns funcionários de, durante a festa no próprio ambiente de trabalho, tirar xerox de seus traseiros, sentando no vidro da máquina de fotocópias. Se você for pesado demais, pode se dar mal.
O aspecto mais triste dessa história em princípio engraçada é que há aquela pilha de pessoas que vive, dorme e acorda nos prédios das grandes corporações e que, no final de ano, se obriga a passar mais algumas horas na companhia de seus odiosos vizinhos de cubículo por se sentirem pressionados a isso. Um outro levantamento, feito há dois anos pela Office Angels Recruitment, indica que, de 10 funcionarios, 6 consideram que faltar à festa pode colocar em risco suas chances de crescer dentro da empresa. Então, eles vão. Festa divertida, bebida pra caramba, paga pelo chefe, velhas piadas e velhas caras que você não aguenta mais ver, mulheres feias dançando em cima das mesas, fazendo topless e depois vomitando em sua cabeça, gente aliviando seus intestinos no meio do corredor...
Há também o oposto: quando você está louco por uma colega de trabalho que sabidamente não tem a minima atração por você, embora seja solteira e viva reclamando em voz alta que está infeliz s ozinha e que precisa de um homem de verdade. Aí você se arruma todo, vai à festa, e ela está lá. Conversa vai, conversa vem, e ela não se digna nem a fazer uma boa ação de Natal! Nem a um pilequinho descontrolado inconseqüente. E vai para casa sem ter ficado com ninguém, reclamando com você ― que nessa altura do campeonato virou o seu melhor amigo e confidente ― que não consegue encontrar um homem de verdade e que está infeliz sozinha. Dois dias depois, circula o boato pelo escritório de que você é gay e você sabe bem o porquê.
E não adianta nem você usar e abusar das piadas de duplo sentido, ou dar uma de safadinho inocente, como às vezes, aí no Brasil, até pode agradar. Você sabe que os americanos e britânicos adoram o tema assédio sexual, e muitas vezes (que me perdoem as mulheres) o que se chama "assédio sexual" por aqui é uma desculpa para mulheres com complexo de inferioridade no ambiente de trabalho castrarem as já difíceis, e cada vez mais escassas, tentativas de aproximação entre homem e mulher da forma tradicional. Onde está a fronteira entre o exagero criminoso e o romance? Acho que ninguém sabe. Que mundo é esse em que as pessoas cada vez mais têm que recorrer à internet para ter uma namorada? Que ironia quando você acaba saindo para um blind date com a secretária de seu chefe, sem saber até encontrar com ela num bar (que ela é a secretária de seu chefe)...
Veja o caso do professor Laurence Goldstein, diretor do departamento de filosofia da Universidade do País de Gales, Swansea. Ele ganhava um salário de 50 mil libras e cometeu o erro de ir a uma festa de fim de ano com outros funcionários em 1999. Durante a festa, começou a contar piadas que, para algumas das funcionárias, pareceram de mau gosto. Resultado: as sexy jokes de Goldstein levaram as mulheres a formalizar uma reclamação junto à reitoria, que abriu um inquérito e, alguns meses depois, o professor de 53 anos foi forçado a se demitir. Cuidado, leitores, não façam como Goldstein: em vez de contar piadas sobre loiras ou com algum teor sexual na próxima festa na empresa, opte por piadas sobre judeus.
Por tudo isso, eu não estou indo à festa de Natal do meu trabalho neste ano. Já tenho tudo planejado: duas garrafas de Chardonnay, quatro fitas de video com episódios que eu nunca vi da série Jornada nas Estrelas Voyager, tortilhas mexicanas e pimentões multicoloridos para minhas fajitas e um edredom quentinho. Tresmalhar-me-ei nas estrelas imaginárias da telinha, para longe da fria névoa do inverno. Quanto às Christmas Parties, uma sugestão: por que não acabar com todas elas e usar o dinheiro para dar um bônus de fim de ano para os funcionários?
Em um novo estudo cientistas avaliaram 98 estudantes através de entrevistas de empregos falsos com pessoas de negócios de verdade. Os estudantes também se encontraram com pessoas treinadas em dar nota para os apertos de mão que, sem o conhecimento dos estudantes, avaliavam suas pegadas. Os dois grupos de avaliações, então, foram comparados.
Estudantes com notas mais altas nos apertos de mão também foram avaliados como mais contratáveis.
"Nós sempre ouvimos que os entrevistadores já sabem se gostam ou não de uma pessoas nos dois ou três minutos da entrevista, não importando o quanto as entrevistas durem", disse Greg Stewart, o coordenador do estudo e professor na Universidade de Iowa, nos EUA. "Nós descobrimos que a primeira impressão começa com um aperto de mãos que dá o tom para o resto da entrevista."
O estudo será detalhado na edição de setembro da revista científica Journal of Applied Psychology .
Greg acredita que o aperto de mão fornece um vislumbre do você verdadeiro.
"Quem busca um emprego está treinado sobre como agir em uma entrevista; como falar, como vestir-se, como responder as perguntas, portanto todos procuramos e agimos de maneira similar", ele disse. "Mas o aperto de mão é algo que talvez seja mais individual e sutil, portanto, pode comunicar algo que a vestimenta ou aparência física não podem."
O aperto de mão pode ser o indicativo de diferenças de personalidade em geral.
Greg também descobriu que aqueles com apertos de mão mais fortes foram avaliados mais positivamente entre os entrevistadores, em parte porque eles também exibiram mais facilidade em conversas casuais, contato visual e em outras habilidades sociais.
"Nós provavelmente não lembramos conscientemente do aperto de mão de uma pessoas ou se ele foi bom ou ruim", disse Greg. "Mas o aperto de mão é um das primeiras pistas não verbais que nós conseguimos sobre a personalidade em geral de uma pessoa, e essa impressão é o que lembramos."
Bons apertos de mão envolvem uma agarrada completa e firme, contato ocular e um vigoroso movimento de subir e descer, aconselhou Greg.
Isso pode ser negativo para as mulheres, no entanto, pois sua agarrada tende não ser tão forte. Mas outras pesquisas indicam que as mulheres tendem a ser mais fortes em outros tipos de habilidades de comunicação não verbal, que parecem compensar suas agarradas menos musculosas, disse Greg.
E no estudo, mulheres que tinham uma agarrada mais forte, pareceram ter vantagem sobre os homens.
"Aquelas mulheres pareceram ser mais memoráveis do que os homens que tiveram um aperto de mão tão forte quanto elas. Um aperto de mãos muito bom teve maior impacto no resultado da entrevista para as mulheres do que para os homens."
Um estudo similar realizado em 2000 e publicado no Journal of Personality and Social Psychology, descobriu que pessoas com um aperto de mãos; firme eram mais extrovertidas, abertas a experiências e menos neuróticas ou tímidas do que pessoas com agarradas molengas.
Foi descoberto que mulheres que são mais liberais, intelectuais e abertas a novas experiências tinham apertos de mão mais firmes. Elas passavam uma impressão mais favorável do que as mulheres que eram menos abertas e tinham o aperto de mão menos firme.
Para os homens o resultado foi oposto: Homens mais abertos tinham apertos de mão levemente menos firmes e davam uma impressão mais pobre do que homens menos abertos.
A pesquisa, publicada na revista especializada Proceedings of National Academy of Sciences, diz que os trabalhos tediosos colocam o cérebro no "modo descanso", quer a pessoa queira ou não.
Os cientistas avaliam que, quando isso ocorre, os erros que podem ser cometidos também podem ser previstos com até 30 segundos de antecedência, com base na análise dos padrões de atividade no cérebro.
No estudo, o professor Tom Eichele e seus colegas pediram que os voluntários fizessem repetidamente um experimento em que os indivíduos deveriam responder rapidamente a pistas visuais.
Enquanto os voluntários realizavam a tarefa, exames foram realizados no cérebro, usando imagens de ressonância magnética funcional.
Com isso, os cientistas descobriram que os erros dos participantes eram "anunciados antecipadamente" por um padrão de atividade cerebral.
"Para nossa surpresa, até 30 segundos antes de o erro ser cometido, pudemos detectar uma mudança na atividade (cerebral)", disse Stefan Debener, da Universidade de Southampton.
"O cérebro começa a economizar, fazendo menos esforço para completar a mesma tarefa", acrescentou o pesquisador.
"Observamos uma redução na atividade do córtex pré-frontal", contou Debener. "Ao mesmo tempo, observamos um aumento na atividade na área que é mais ativa quando o cérebro está no estado de descanso."
O pesquisador afirma que este não é um sinal de que o cérebro está "indo dormir". "O piloto automático seria uma metáfora melhor", disse Debener.
Como esse estado começa cerca de 30 segundos antes de o erro ser cometido, os cientistas afirmam que um sistema de alerta poderia ser criado para que a pessoa permaneça mais concentrada e tenha mais cuidado.
Os autores do estudo avaliam que isso poderia aumentar a segurança em locais de trabalho e melhorar o desempenho em tarefas importantes como dirigir carros e pilotar aeronaves, em análises de raios-X e sistemas de segurança de aeroportos ou mesmo no controle de imigração nos aeroportos.
"Poderíamos colocar um dispositivo na cabeça das pessoas", afirma Tom Eichele. "Poderíamos medir o sinal e dar uma resposta ao usuário, alertando que o cérebro está em um estado em que suas decisões não serão as corretas."
Segundo Stefan Debener, um protótipo de aparelho portátil para exames no cérebro já está em desenvolvimento e poderia ser lançado no mercado em um período entre "dez a 15 anos".
"Mas, primeiro, precisamos estabelecer o que causa estes erros", afirma. "Não sabemos se a mudança na atividade do cérebro observada tem uma ligação causal com os erros."
"Depois que estabelecermos isso, podemos tentar desenvolver dispositivos de monitoramento", conclui o pesquisador.
Quer ganhar mais desenvoltura profissional, ficar fera em planejamento, bolar projetos e detectar erros antes de cometê-los? Monte mais quebra-cabeça. "Esse tipo de jogo, além de estimular o lobo frontal do cérebro, que está relacionado com as funções de decidir, planejar e agir, ainda exercita a memória de trabalho, que é aquela que você usa para deixar uma informação reverberando na sua mente por mais tempo", explica Geraldo Possendoro, professor do curso de especialização em medicina comportamental da Unifesp. Você se diverte enquanto amplia sua competência. Tem coisa melhor?
Qual é o seu maior defeito? Como você se vê em cinco anos? Se espera responder a perguntas como essas na sua próxima entrevista de em prego, esqueça. Os processos seletivos nas grandes empresas mudaram bastante nos últimos tempos. Eles estão mais longos, mas também mais democráticos: o que conta é quem você é e o que pode oferecer para a companhia, e não o que tem a dizer durante a entrevista. "Antes, as pessoas se preparavam para a entrevista, não para o cargo", com para Augusto César Calado da Costa, diretor-geral da consultoria de recursos humanos Manpower, em São Paulo. As perguntas ficaram tão conhecidas que era possível até treinar respostas que supostamente agradavam aos entrevistadores. "O método se esgotou", resume. A palavra de ordem hoje nas grandes companhias é "entrevista por competência". As maneiras de aplicar essa avaliação variam, mas o objetivo é o mesmo: colocar o candidato em situações que ele pode enfrentar na nova função. Não literalmente, claro. Na maioria dos casos, isso é feito em forma de perguntas que mostram desafios hipotéticos ou reais do cotidiano da empresa e investigam como o candidato faria para resolvêlos. Há três anos, a multinacional Unilever aplica um método inovador para selecionar os trainees em seu programa anual. Os concorrentes - 28 mil para 30 vagas no ano passado - enfrentam primeiro um jogo virtual, disponível na internet.
Esse teste, que pode ser feito até em casa, simula uma típica situação do ambiente de trabalho. Se concluído com sucesso, o jogo leva o candidato à etapa seguinte do processo, que tem uma média de três dinâmicas de grupo e quatro entrevistas feitas sempre por uma dupla diferente de funcionários. As perguntas avaliam, entre outras coisas, conhecimentos gerais (a opinião do entrevistado sobre algum escândalo político atual, por exemplo) e as técnicas que utiliza para resolver dificuldades profissionais. "Procuramos em todas as etapas as competências que são adequadas à vaga, cotante meçando pelo jogo virtual", explica Vera Durante, diretora de recursos humanos da empresa. Com pouca rotatividade, a companhia investe pesado no programa de estagiários e trainees: são quatro meses de trabalho apenas para elaborar as etapas de seleção. Segundo Vera, a Unilever não costuma buscar profissionais para cargos superiores no mercado com muita freqüência justamente porque tem um processo bem afinado de seleção. "Encontramos pessoas que fazem carreira dentro da empresa."
Quanto mais conceituada a empresa no mercado, mais gente quer trabalhar ali - e, portanto, maior a necessidade de ferramentas precisas de seleção. A Siemens, uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil de acordo com o ranking de 2006 da revista EXAME, procura cinco grupos de habilidades básicas, entre elas capacidade de executar tarefas e de superar desafios, que são checadas logo na primeira entrevista. "O candidato tem que citar exemplos de situações que enfrentou na vida profissional", explica Daniella Camara, analista de recursos humanos sênior da companhia. Para se colocar entre os 10,3 mil funcionários brasileiros da multinacional, o concorrente passa por três ou quatro entrevistas feitas por pessoas diferentes (inclusive futuros chefes ou pares de trabalho). E como saber se você possui essas competências? Em primeiro lugar, é bom lembrar - embora possa parecer óbvio - que, se você está de fato preparada para o cargo que busca, provavelmente preenche os requisitos. Mas é importante ter em mente não apenas o que a empresa quer, mas o que você procura. "O candidato também tem direito a respostas", diz Eliane Aere, diretora de RH da Ticket Serviços, do Grupo Accor. "Ele pode avaliar a empresa e ver se está de acordo com o que deseja para sua carreira fazendo perguntas pertinentes ao entrevistador e, assim, mostrando interesse." Só não vale perguntar o feijão-com-arroz: todos os entrevistados para esta reportagem afirmaram que é fundamental estar informada sobre o posicionamento da empresa an tes de se apresentar para o primeiro contato profissional.
Valores pessoaisO processo da Ticket Serviços envolve de cinco a oito entrevistas (dependendo do cargo), feitas por funcionários em posições diferentes. "O processo seletivo pode ser subjetivo, de forma que quanto mais pessoas envolvidas melhor", pondera Eliane. Essa pluralidade de encontros ajuda a avaliar os diversos aspectos da pessoa. Às vezes um candidato pode parecer tímido demais na primeira conversa e, depois, se soltar e mostrar que tem capacidade para assumir a função. O contrário também vale - alguém que se dá muito bem no início, mas acaba decepcionando. "É possível mudar uma primeira impressão desde que ela não seja gritante", acredita Maria Aparecida Fonseca, diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar. Com quase 70 mil funcionários, o grupo trabalha com tipos variados de processos seletivos, conforme os cargos. Para posições de nível superior, a empresa costuma aplicar, em média, quatro entrevistas. A primeira já avalia competências específicas para a função usando ferramentas como exames grafológicos, testes psicológicos, de conhecimento técnico, de conhecimentos gerais, de raciocínio lógico, de poder de análise, de comunicação, de riqueza de vocabulário, domínio matemático etc. "Dependendo do cargo, temos até uma avaliação ética", complementa Maria Aparecida.
Os valores dos candidatos também estão em voga nos métodos atuais de seleção. As empresas procuram pessoas que estejam de acordo com a filosofia da empresa. Esse é um conceito muito amplo: para algumas empresas, a filosofia pode ser apenas "aqui se trabalha até tarde da noite"; para outras, "é preciso ter responsabilidade social e ambiental". Aí entra, novamente, o conselho de conhecer bem a empresa antes da entrevista. Ética é também ser verdadeiro e jamais fingir algo que não é. Ou seja, para se dar bem no novo modelo de processo seletivo, basta ser você mesmo - na sua melhor forma.
Parece um quebra-cabeçaFez barulho há alguns anos o "método Microsoft" de avaliação. Na sede da em presa americana, em Seattle, os candidatos passam por testes de lógica, alguns praticamente impossíveis de resolver, outros relativamente fáceis, como este: por que as tampas de entrada de redes de esgoto são redondas e não quadradas? De acordo com William Poundstone, autor do livro COMO MOVER O MONTE FUJI? - COMO A MICROSOFT ESCOLHE SEUS PENSADORES MAIS CRIATIVOS (ED. EDIOURO), a empresa de Bill Gates recebe mais de 12 mil currículos por mês, o que a fez afunilar o processo. "Técnicas convencionais de entrevista falham quando a profissão muda depressa", escreveu Poundstone. Nesse caso, porém, a Microsoft não revolucionou os costumes mundiais: o método só funciona para algumas áreas. "Você pode descobrir um gênio da lógica, porém despreparado para determinada função", opina Eliane Aere, do Grupo Accor. Pensando ainda nas tampas de esgoto? Há mais de uma resposta: uma tampa redonda pode rolar para ser transportada; a rede de esgoto é redonda porque é mais fácil fazer buracos redondos.
O CURRÍCULO
Nunca, jamais, em hipótese alguma, minta ou altere uma informação. Se o seu inglês não é fluente, você não fará milagre aprendendo a língua até a data da entrevista. Elimine o excesso de informações: se fez um curso de barista e pleiteia uma vaga como advogada, deixe a experiência de lado nesse primeiro momento.
A DINÂMICA DE GRUPO
É uma prática comum quando há muitos interessados. Vista-se bem e seja você mesma, sem forçar comportamentos. Você está sendo observada o tempo todo, portanto nada de brincadeirinhas ao lidar com concorrentes.
A PRIMEIRA ENTREVISTA
Não queira parecer íntima do entrevistador - comunique-se naturalmente. Respostas prontas e de coradas pegam mal. "Também é frustrante quando o candidato fica em cima do muro: é preciso ter opinião sobre os assuntos", aconselha Vera Durante, da Unilever.
AS OUTRAS ENTREVISTAS
Estude tudo que puder sobre a empresa, consultando a internet e veículos especializados. Se o entrevistador der espaço, mostre interesse fazendo perguntas pertinentes (nada de indagar sobre a política da empresa nos feriados prolongados!). Caso seja desafiada com alguma questão de lógica, não se desespere: saiba que será avaliada pelo raciocínio usado para chegar à resposta, mesmo que ela esteja errada. Procure usar roupas adequadas, sóbrias, com as quais se sinta bem. "A pessoa não precisa vestir algo que nunca pôs antes e que não a deixa à vontade", diz Maria Aparecida, do Grupo Pão de Açúcar
Vinte minutos. Esse é o tempo que você gastará para ler este artigo. Pode parecer uma eternidade para quem vive apostando uma corrida desenfreada contra o relógio. Mas, acredite, esse investimento vale cada segundo
Os especialistas garantem: existem, sim, maneiras de dar conta de mil e uma tarefas e ainda reservar algumas horas para dedicar só a você. "Basta assumir o comando sobre elas", observa Paulo Kretly, presidente da Franklin Covey do Brasil, consultoria especializada em gerenciamento de atividades e produtividade pessoal.
Segundo a consultora Rosane Moskalewski, coordenadora do programa de qualidade de vida da ONG Brahma Kumaris, que inclui cursos de administração do tempo, a primeira lição é definir o que considera o seu papel primordial. "Depois, equilibre os demais com ele", diz Rosane. Priorizar, organizar são as palavras-chave deste nosso plano salvador. Na primeira e principal parte dele, tratamos das medidas gerais. Em seguida, propomos pequenas atitudes para você adotar no trabalho e em casa. Leia com atenção e prepare-se para sair do sufoco logo, logo!
Aprenda a planejar
No mar, como na terra, não ter um plano é navegar à deriva. Para tomar o leme de sua vida, convém traçar um roteiro de navegação cuidadoso. Isso significa estabelecer prioridades - decidir o que fazer agora e o que pode ficar para mais tarde. Essa é a parte mais difícil. À primeira vista, tudo parece fundamental, certo? Calma lá! A solução do impasse pode estar no método dos quadrantes, proposto pelo americano Stephan Covey no livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (Best Seller), que fundamenta cursos de gerenciamento de atividades da Franklin Covey do Brasil.
No primeiro quadrante, o da necessidade, ele sugere que coloquemos as atividades consideradas urgentes e importantes. Aí cabem ações como pagar uma conta que está vencendo, correr à escola para socorrer o filho que caiu e precisa ser levado ao hospital ou finalizar um relatório cujo prazo de entrega estabelecido pelo chefe esteja vencendo. O segundo quadrante engloba o que é importante, mas não urgente. Nele devemos concentrar as tarefas fundamentais para que nossa vida ande nos eixos - em questões relacionadas à saúde, profissão, finanças, relacionamentos e evolução pessoal. Estão nesse grupo a conversa com a coordenadora pedagógica na escola dos filhos, a reunião para discutir um novo projeto na empresa ou a consulta de rotina com o ginecologista. O terceiro quadrante, o do engano, reúne coisas que são urgentes, mas sem importância. A princípio, o toque de um celular ou do telefone é algo que requer atenção imediata, pois logo imaginamos que do outro lado da linha pode haver uma emergência. Quando atendemos, porém, na maioria das vezes percebemos que se trata de um assunto trivial, que pode muito bem ser deixado para depois. Por fim, o quadrante quatro agrupa aquilo que não é importante nem urgente. Ficar horas pendurada ao telefone numa fofoca sem fim é um bom exemplo desse desperdício de tempo. "O ideal é que ocupemos a maior parte de nosso dia com atividades do quadrante 2. Assim não ficaremos eternamente no 1, como um bombeiro apagando incêndios", diz Paulo Kretly.
A advogada Denise Viana, 34 anos, diretora-executiva de quatro empresas do ramo imobiliário, separada, duas filhas pequenas, não chegava em casa antes das 10 da noite e sofria com a cobrança das meninas. Seguiu os ensinamentos de Covey e festeja os resultados: "Outro dia, minha filha mais velha veio me abraçar e agradecer por estar chegando tão cedo, às 8 da noite", conta Denise. Se preferir, siga outro caminho para decifrar suas prioridades. Pense que, entre os inúmeros pratinhos que você tenta equilibrar, como uma malabarista, alguns são de plástico, outros de porcelana. A queda dos primeiros não representa estrago tão grande quanto a dos últimos. O pratinho de porcelana é a sua saúde. O de plástico, o seu trabalho. "Será que vale a pena enfrentar o stress de assumir responsabilidades em excesso na empresa em troca de um salário melhor e correr o risco de comprometer a saúde?", questiona Rosane.
Estabelecido o ranking, chega a hora do planejamento. Nos cursos que ministra, Paulo Kretly sugere que ele seja feito em duas etapas. No domingo à noite ou segunda-feira logo pela manhã, gaste 30 minutos listando as atividades primordiais que terá durante a semana. Ao final do expediente, reserve de cinco a 15 minutos para estabelecer a programação do dia seguinte. "Seguindo-a, é possível economizar uma hora por dia", garante ele. Você não irá muito longe, porém, se resolver trapacear seu plano. Portanto, ao organizar a agenda, inclua somente as obrigações que tem certeza de poder cumprir. Faça uma conta simples: assinale quanto tempo estima gastar com cada uma e multiplique por dois. Isso dará uma folga caso surja algum imprevisto. A idéia é da americana Donna Smallin, autora do livro Organize-se - Soluções Simples e Fáceis para Vencer o Desafio da Bagunça (Editora Gente). "Para aprender a fazer estimativas mais realistas, escreva o que faz todos os dias durante uma semana, informando o tempo que consumiu em cada atividade, inclusive contando intervalos e interrupções", ensina ela.
O que fazer com o que sobra? A clareza sobre seus objetivos de vida a ajudará a delegar as tarefas menos prioritárias que não cabem em sua agenda.
Faça render o trabalho
Algumas pessoas têm maior gás pela manhã, outras à tarde. Donna recomenda que concentremos os trabalhos que exigem maior energia ou atividade cerebral no período em que nos sentimos mais dispostas, reservando os serviços de rotina para horários menos produtivos.
Juntar tarefas semelhantes é um artifício que ajuda. Procure, então, guardar papéis diversos em uma só pasta, deixando para arquivá-los uma única vez ao dia. Vai ao banco? Veja se há mais alguma coisa para fazer nas proximidades. Economizando aqui e ali em pequenas coisas, você terá tempo livre para as mais importantes. Fique de olho também em alguns predadores de tempo. E-mails, por exemplo.
Gerenciar com sabedoria sua caixa de entrada faz toda a diferença. Em vez de abrir as mensagens tão logo pipoquem, verifique-as apenas no começo ou no final do dia. Delete-as assim que consiga solucionar a questão ou promova uma grande faxina pelo menos uma vez por mês. Dessa forma, sua caixa postal acaba sendo uma ferramenta interessante de controle de realizações: o que permanece aguarda providências. Reuniões intermináveis e improdutivas são outro ponto de estrangulamento. Preparar, na véspera, um roteiro do que deve ser discutido ajuda a manter a objetividade das discussões.
Escolher um horário estratégico também. Se o encontro for próximo da hora do almoço ou lá pelas 16 horas de uma sexta-feira, os participantes provavelmente vão manter o foco - para não comprometer o lazer. Um telefone que toca ou o colega que chama para colocar a conversa em dia... Essas interrupções atrapalham. Nesses casos, procure deixar que as ligações caiam na caixa postal e responda aos recados somente quando concluir aquela missão importante. Também não passará por antipática se adiar a conversa com o colega para a hora do cafezinho ou do almoço.
Mude sua rotina doméstica
Manter a casa em ordem é uma atitude inteligente. "Em geral, ao organizar os armários da cozinha, o guarda-roupa, a estante da sala, temos a impressão de estar perdendo horas. Puro engano. Com isso, ganhamos terreno. Já pensou nos minutos valiosos que você joga fora procurando um documento na bagunça de papéis que se acumula na escrivaninha?", observa Rosane Moskalewski.
Se transformar o trabalho numa gostosa gincana familiar, instituindo o dia de faxina semanal, vai se surpreender com os resultados. É uma estratégia ensinada por Donna Smallin. "A proposta é que todos percorram a casa recolhendo e guardando tudo que esteja fora do lugar", explica. Ela também aposta em um pacotinho de medidas para organizar a rotina dos filhos - e evitar que você fique preocupada com isso no escritório. Estipule o horário em que deverão se dedicar à lição de casa, abrindo uma brecha na agenda deles para que possam brincar ou ver tevê depois da escola. Deixe claro as sanções, caso não cumpram o trato. Para que não haja atrasos na saída para o colégio de manhã, o truque é separar uniformes e preparar as mochilas já na noite anterior. Isso serve igualmente para você - antes de ir para a cama, escolha a roupa, arrume a bolsa e o material que precisará levar ao escritório no dia seguinte.
Muitas mulheres já descobriram as vantagens de bolar um cardápio semanal. Com a receita de cada prato em mãos, certifique-se de que todos os ingredientes necessários se encontram na despensa. "Se o seu dia-a-dia for muito agitado, prefira refeições rápidas e fáceis e reserve as mais elaboradas para o fim de semana", aconselha Donna. Uma boa idéia é colar em um local bem visível da cozinha uma lista de compras, de preferência organizada por categorias (laticínios, frutas, verduras, produtos de limpeza). Peça às pessoas da família ou à empregada para ir assinalando os itens que estejam prestes a terminar. Isso facilita sua vida na hora de ir ao supermercado. Lá, ao empacotar os produtos, separe-os também por categoria. Essa medida simplificará a armazenagem ao chegar em casa. Não espere ter todo o tempo do mundo para realizar as compras. A professora Flávia Rodrigues, 39 anos, aproveita lacunas espremidas entre o final de uma aula e o horário de pegar as crianças na escola. "Às vezes desperdiçamos meia hora porque ficamos pensando que não dará para fazer o que queremos. Eu arrisco e sempre acabo conseguindo", garante Flávia.
Para muita gente, a televisão funciona como outro grande ladrão de tempo. Tente lembrar quantas horas por dia você fica na frente da telinha meio hipnotizada, sem nenhum interesse específico. Que tal gravar os programas que realmente lhe agradam para ver depois? Assim, você usa o controle remoto para adiantar a fita no momento dos comerciais - e poupa minutos preciosos para gastar só com você.
Crédito: Revista Cláudia
1 OLHA ONDE PISA!
"A primeira coisa que olho num candidato são os sapatos", diz a headhunter Magda Fraga, da DPS Consult, em São Paulo. Segundo a consultora Ilana Berenholc, os homens devem usar sapatos pretos de amarrar, com solado de couro. As mulheres fazem bonito com um escarpim preto de salto médio.
2 MADEIXAS SOB CONTROLE.
Ninguém espera encontrar um executivo de cabelos longos ou volumosos. Para os homens, a regra é uma só: cabelos curtos e com aparência de limpos. Se usar gel para domar a rebeldia dos fios, evite o aspecto de molhado. As mulheres podem usar o cabelo curto ou médio, com uma coloração discreta. E de preferência liso, porque assim ele transmite mais seriedade. Seja qual for o corte, o importante é não deixar o cabelo cair no rosto. Se você corre esse risco, é melhor prendê-lo.
3 ENTREVISTA NÃO É FESTA.
"Não é raro encontrar mulheres que vão para uma entrevista como se fossem para uma festa", diz a headhunter Fátima Zorzato, da Russell Reynolds Associates. "Mas essa candidata já chega perdendo pontos", decreta. Para a consultora Ilana, batom e rímel são indispensáveis. O pó serve para tirar o brilho do rosto. "Se usar sombra, opte pelos tons neutros -- marrom, bege, grafite. Nada que lembre uma aquarela, em tons de azul, rosa e verde", recomenda.
4 QUANDO A MEIA DETERMINA SEU EMPREGO.
"Tive um cliente norte-americano que julgava os candidatos pelas meias que usavam", diz uma ex-headhunter paulista, com 15 anos de experiência em recrutamento de executivos. "Se os profissionais não sabiam combinar as meias com a roupa, significava que eles eram pouco detalhistas." Pode parecer absurdo, mas as meias tiram a atenção dos entrevistadores: a cor e o tamanho principalmente. "Não tem nada mais feio do que perna de homem", afirma Carlos Diz, ex-sócio da SpencerStuart, uma das maiores empresas de contratação de executivos do mundo, e sócio do Instituto de Liderença Executiva, no Rio de Janeiro. "A meia deve ser comprida o suficiente para cobrir toda a perna quando o homem senta", diz o consultor. Para as mulheres, é fundamental usar meia-calça da cor da pele quando vestirem saia.
5 NADA COMO UM COLAR DE PÉROLAS.
Acredite, você não quer parecer uma árvore de Natal. Na hora de escolher os acessórios, os homens devem optar apenas por aliança, relógio (clássico, metalizado ou com pulseira de couro) e abotoaduras. Nada de prendedores de gravata e muito menos pulseiras. Já as mulheres devem passar longe de bijuterias extravagantes e escolher brincos discretos. No pescoço, se a roupa permitir, apenas uma correntinha ou pérolas (infalíveis!). Segundo a norte-americana Sharon Voros, autora do livro Como Conquistar Uma Ótima Posição de Gerente ou Executivo... E Dar Um Salto Importante em Sua Vida Profissional (Editora M. Books), brincos e colares de pérolas indicam que a candidata tem classe e elegância.
6 DETALHES QUE FAZEM (TODA!) A DIFERENÇA.
Mantenha as unhas sempre curtas. As mulheres devem optar por esmaltes claros, no tom bege ou branco. Cheiro é outro detalhe que incomoda os entrevistadores. Nada de exagerar na dose do perfume. Tem mais. O perfil do executivo ideal não abre espaço para barba. Mesmo que ela esteja superbem feita e siga as últimas tendências. Navalha nela!
7 OLHOS NOS OLHOS.
De nada adianta ser lindo e usar um traje perfeito se você não sabe se comportar na sala de entrevistas. Não se iluda, o headhunter está de olho em tudo. Tudo mesmo. Na forma como você conversa, senta, aperta a mão ao cumprimentar e lida com seus objetos pessoais. Por isso mesmo, não mostre o celular e não espalhe seus pertences na mesa. Aperte a mão com firmeza e olhe nos olhos de quem está falando. "Passar uma boa energia é fundamental para sua imagem", diz Ilana. Outro detalhe: pega bem chegar alguns minutos antes.
8 COM QUE ROUPA EU VOU?
O homem deve usar terno de lã super 100 nas cores cinza e azul-escuro, camisa branca ou azul-clara (sempre de manga comprida) e gravata de seda. "Jamais escolha um terno de poliéster ou microfibra. E fuja das gravatas temáticas", diz a consultora de imagem Ilana. Para as mulheres, o terninho pode até ser substituído pelo tailleur, mas é preciso ter pernas bonitas e saber se sentar com a saia (com a perna direita cruzada sobre a esquerda, na altura do joelho). Os tons também devem ser escuros: preto, cinza ou azul-marinho. Para acompanhar, uma camisa ou um top. O limite do decote é a linha da axila. "Transparência e brilho estão fora de cogitação", avisa Ilana.
Foi a consultora de imagem Ilana Berenholc que orientou a produção do teste. Ela instrui executivos sobre roupas e postura, e tem clientes como o BankBoston. Confira suas dicas:
Quais são os erros mais comuns na hora de se vestir para uma entrevista de emprego?
Na tentativa de seguir a moda, os profissionais acabam usando trajes incorretos. As mulheres abusam da calça curta e de acessórios extravagantes. Os homens gostam de parecer modernos, usando camisa preta e sapato caramelo, por exemplo. Não ouse fazer isso!
Há diferença entre o visual indicado para uma entrevista na área de marketing e outra na área financeira, por exemplo?
O mercado financeiro é mais formal do que o de marketing, mas não há tanta flexibilidade assim. Um visual clássico vale para todas as posições. E é isso o que se espera do executivo, independentemente da área em que ele atua.
A aparência derruba um bom currículo?
Sem dúvida. A entrevista começa quando você abre a porta, e não quando começa a falar.
Se, nos primeiros segundos, o entrevistador não gostar de algo em você, pode ter
certeza de que ele não vai vê-lo com bons olhos, por mais brilhante que você seja.
Crédito: Revista Você S/A
Se você tem a impressão de que as vagas com carteira assinada andam mais escassas que homem solteiro atrás de compromisso, saiba que sua desconfiança tem um fundo de verdade. Calma, nada de desespero. A boa notícia é que essa nova realidade não precisa se transformar em pesadelo. NOVA ensina o caminho para trabalhar com prazer - e ganhar dinheiro - nos moldes do século 21.
Alternativa 1 - Andar com as próprias pernas
Quem decide seguir a trilha da trabalhadora autônoma ganha, logo de cara, um senhor presente: vira dona absoluta de sua força de trabalho. Em outras palavras, é livre para colocar preço e prestar serviço a quem desejar. E isso vale para advogadas, fonoaudiólogas, psicólogas, professoras, administradoras de empresas, até secretárias! De brinde, flexibilidade total de horários. A jornalista Letícia Mendes, de 24 anos, está se dando superbem com esse esquema, para sua surpresa. "Quando meu estágio acabou e eu não fui contratada, fiquei desesperada. Mas não é que acabei me adaptando muito bem? Pago INSS, previdência privada e tenho planos até de arrumar uma sócia." Ela conta que a principal vantagem, além de exercitar a agilidade, é poder organizar a vida pessoal como bem quiser. "Sem falar que ampliei minha lista de contatos, já que me relaciono com muita gente. Meu único medo é não crescer profissionalmente." Bom questionamento, Letícia: qual a evolução de quem opta por ser autônoma? "Também acontece por conta própria", fala a psicóloga Rosana Bueno, diretora da RB Consultoria e Treinamento. "Vale inscrever-se em cursos para aumentar a sua qualificação."
Características para vencer
"Você não pode ser lenta, acomodada ou preguiçosa", avisa Mosé. "Hoje, a pior profissional, em qualquer situação, é aquela que não tem determinação e iniciativa. E isso se intensifica no mercado autônomo. Para se dar bem, é preciso estar antenada, ter boa aparência, pensamento ágil, correr atrás dos seus objetivos", diz ela. De acordo com Rosana, é fundamental também aprender a lidar com a angústia gerada pela instabilidade, pois a quantidade de trabalho oscila mês a mês. "Quando você está por conta própria, precisa manter a disciplina com relação a prazos, por exemplo, já que a responsabilidade é toda sua."
Providências legais
"O mais indicado é trabalhar em casa e legalizar o negócio registrando-se como autônoma", diz o consultor jurídico do Sebrae de São Paulo Paulo Melchor. Assim, passa a emitir notas fiscais e fica em dia com a Receita Federal. Ganhos de até 1 200 reais são isentos de impostos. A partir do momento em que comece a receber acima de 2 400 reais, vale abrir uma sociedade simples, com CNPJ (pessoa jurídica, ou PJ). E, nesse caso, precisa arrumar um parceiro.
Estratégia financeira
É essencial ter reservas para períodos de estiagem de trabalho ou de gastos extras. "E separar pelo menos 10% do rendimento mensal para suprir a ausência de FGTS e 13º", alerta Luiz Carlos Bueno. Além disso, aprender a cobrar, embutindo no preço do seu produto ou serviço despesas fixas extras, como telefone.
Alerta geral
Algumas empresas andam demitindo seus funcionários mas mantendo-os na casa, só que sem pagar benefícios. Isso é ilegal. Foi o que aconteceu com Bruna, a agente de viagens que foi demitida e teoricamente recontratada como autônoma. "Continuo sentando na mesma mesa e obedecendo aos horários de antes, mas sem as garantias da carteira assinada", lamenta. Apesar de ter um aumento de 50% sobre o valor do antigo salário, ela perdeu plano de saúde, direito a férias, 13º, FGTS e não ganhou a tal independência. E, aí, a troca não compensa. Acontece que pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), todos os empregados de uma empresa precisam ser registrados. Por isso, quem trabalha sem carteira assinada em um escritório, como ela, pode entrar com um processo.
Alternativa 2 - Unir-se a poucos e bons
Muito bem, você acha um tédio trabalhar sozinha, não tem o menor jeito para caçar serviço ou vender suas qualidades. Já pensou em entrar para uma cooperativa? Esse tipo de organização nada mais é do que a união de vários autônomos do mesmo segmento, orientados por uma diretoria e um conselho fiscal. Cai como uma luva para quase todo mundo: de contadoras a produtoras de moda, passando por fotógrafas, dentistas... "É indicado para quem não tem perfil empreendedor e não quer um emprego formal", diz Melchor. Mais um lado bom: dá para prestar serviços a vários clientes. A técnica em processamento de dados Ana Paula Fiegenbaum, de 26 anos, embarcou nessa e fundou a Solis. "O que mais me atraiu foi todo mundo ter o mesmo poder na hora de tomar decisões."
Características para vencer
É preciso gostar de trabalhar em grupo e ter capacidade de negociação, já que as políticas são ditadas pela maioria dos votos.
Providências legais
No Brasil, para constituir uma cooperativa, são necessárias 20 pessoas físicas. O resultado (leia-se: o dinheiro) é distribuído proporcionalmente à participação de cada um. É preciso procurar a Organização das Cooperativas no seu estado para solicitar um modelo de estatuto e formulários a ser preenchidos.
Estratégia financeira
Como os cooperados também não contam com férias remuneradas, 13º e licença-maternidade, cada um precisa se organizar e destinar uma cota mensal para esses fins.
"Já comece o dia com pensamentos positivos - principalmente nas redes sociais", diz Mariana Schwarz, consultora em gestão de negócios. Portanto, nada de fazer um post no Facebook ou no Twitter dizendo que preferiria ficar em casa.
Tomar um café com o chefe, almoçar com os colegas ou perguntar como andam as coisas em outro departamento gera oportunidades para uma troca de experiências e faz com que os colegas conheçam melhor o seu trabalho. Mas nem pense em falar mal de outros funcionários ou da empresa, ok? Fofoca pega mal.
Vista-se de acordo com cada ambiente. Não é porque a happy hour na sexta-feira é com o seu gerente que pede um vestido de paetês - nem calça jeans com tênis. Como mulher de NOVA, a regra é uma só: desleixo nunca, gata! Do trabalho à balada, é preciso estar sempre impecável, mas dentro do dress code da situação.
Quanto mais fizer marketing pessoal, mais à vontade vai se sentir - mas também vai aprender quais são os momentos oportunos para usá-lo. Fale sobre as suas conquistas, mas não fique se gabando.
Sempre que for contar para alguém sobre seu trabalho e suas habilidades, destaque somente o que você tem de bom. Enquanto isso, invista nos seus pontos fracos para tentar melhorá-los.
Se inspire naquelas pessoas que você tem como modelo e ouça a opinião dos outros sobre você. É a melhor forma de medir se a imagem que faz de si mesma combina com a que as pessoas têm de você.
Esteja sempre aberta e disponível para ajudar. Quando um colega precisar de um conselho, preste atenção na situação e responda da melhor forma que puder. O networking é uma via de mão dupla, viu?
Fonte: Nova
Pesquisadores da UniversidadeGeorge Mason descobriram que pessoas que são constantemente interrompidas enquanto escrevem tem um rendimento menor. Mas antes que você diga que esse estudo é mais um daqueles casos da 'ciência do óbvio', saiba que foi a primeira vez que o efeito dessas interrupções foram quantificadas. Em outras palavras, agora sabemos exatamente o quanto aquela janelinha de bate-papo do Facebook nos atrasa.
Para o primeiro experimento de uma série de testes, os cientistas recrutaram 54 estudantes, e pediram que eles escrevessem uma redação rápida (no mesmo estilo das redações de vestibular). Cada um tinha 12 minutos para pensar nos argumentos da redação e mais 12 para escrevê-la. De forma aleatória, eles foram separados em três grupos: em um, eles eram deixados em paz durante o trabalho. Em outro, eles eram interrompidos enquanto planejavam a redação. E, no terceiro, eram interrompidos enquanto escreviam.
Essas 'interrupções' eram intervenções dos próprios cientistas, que colocavam uma folha sobre a redação dos estudantes e pediam que eles fizessem um cálculo simples.
No fim do experimento, professores de redação corrigiram os trabalhos dos estudantes e mostraram que o grupo que não foi interrompido teve um desempenho superior. De uma escala que ia de 0 a 6, esses estudantes tiraram 3,71 escrevendo uma média de 315 palavras. Os que foram interrompidos durante o planejamento tiraram 3,13 e escreveram uma média de 307 palavras. Já os que precisaram lidar com os cálculos enquanto escreviam tiveram a pior performance: 3,06 de média escrevendo 282 palavras.
Em um segundo experimento, os cientistas modificaram a metodologia levemente - deram 20 minutos para planejar e outros 20 minutos para escrever a redação e as interrupções eram feitas de forma aleatória, e não a cada três minutos como no teste anterior. Os resultados foram um pouco melhores, mas o padrão das médias se repetiu. Aqueles que não foram interrompidos escreveram mais e conseguiram uma média de 3,74, enquanto os que precisaram fazer cálculos tiveram uma média de 3,17.
Então quer dizer que essa história de "multitask" não funciona? Não é bem assim, de acordo com os responsáveis pela pesquisa. Para eles, existe uma diferença entre fazer várias tarefas ao mesmo tempo (multitask) do que ser interrompido . Quando você trabalha em várias coisas ao mesmo tempo, você ainda está no controle da situação. Mas quando é interrompido, você perde sua linha de pensamento e é mais difícil voltar a trabalhar depois.
Infelizmente, o chat do Facebook conta como uma interrupção e não como multitask.
A dica dos pesquisadores é reduzir interrupções externas ao máximo quando você precisa se dedicar ao trabalho ou aos estudos. Eles recomendam desligar os celulares, sair do Twitter, do Facebook e desligar as notificações de e-mails. Acha que não tem força de vontade suficiente para ficar longe dessas distrações por conta? Tente usar o Focus.Me, um app que bloqueia, temporariamente, sites e redes sociais.
Fonte: Galileu
No Brasil, as mulheres estudam por mais tempo que os homens mas têm salários mais baixos que colegas com a mesma formação. Isso é o que mostra o estudo Estatísticas de Gênero 2014 - Uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010, divulgado nesta sexta (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2010, 12,5% das mulheres com 25 anos ou mais tinham completado o ensino superior. Entre os homens, o percentual era de 9,9%. Entre as jovens de 18 a 24 anos, 15,1% frequentava um curso de graduação frente a 11,4% dos homens na mesma idade.
As mulheres se formam em maior proporção em áreas com menor rendimento mensal médio entre as pessoas ocupadas. Na área de Educação, 83% dos formados eram mulheres: o rendimento médio em 2010 era de R$ 1.811 mensais. Em Humanidades e Artes, 74,2% dos formados eram do sexo feminino (R$ 2.224 era o rendimento médio em 2010).
Contudo, mesmo quando formadas na mesma área que os homens, as mulheres recebem menos. Diplomadas nas áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito recebiam em 2010, em média, 66,3% do salário dos homens.
Mais escolarizadas em todos os níveis
Em todos os resultados de nível de educação, as mulheres estão em posição melhor que os homens. Além de terem menor taxa de analfabetismo, de 9,1% contra 9,8% dos homens, no ensino médio as mulheres estão mais presentes na idade escolar certa, de 15 a 17 anos, com 52,2% de frequência, contra 42,4% dos homens.
Outro indicador que aponta maior escolarização feminina é a taxa de abandono escolar precoce, que contabiliza os jovens de 18 a 24 anos que não concluíram o ensino médio nem estavam estudando. Esse percentual é de 31,9% entre as mulheres e 41,1% para os homens.
Apesar desse cenário, o rendimento mensal médio das mulheres equivalia a 68% do masculino, em 2010. Para a coordenadora de População e Indicadores Sociais do IBGE, Bárbara Cobo, a delegação de tarefas às mulheres prejudica a igualdade no emprego e na renda: "por motivos que vão além das políticas educacionais e de mercado de trabalho, você não vê essa maior escolarização das mulheres sendo refletida em inserção no mercado de trabalho. Um dos principais motivos é a questão da maternidade. A mulher ainda enfrenta a questão da dupla jornada e, muitas vezes, os cuidados com pessoas da família e serviços domésticos ainda estão substancialmente a cargo delas", analisa.
Bárbara destaca que mulheres e homens têm salários parecidos no início da carreira, mas as diferenças se agravam ao longo da vida: "o desempenho dela depende da escolarização, mas também depende de políticas públicas que permitam que tenha onde deixar as crianças para trabalhar e da legislação trabalhista. Essa parte também pesa a partir do momento que as licenças maternidade e paternidade são muito diferenciadas. Em cargos de direção, você vê nitidamente a diferença de acesso entre homens e mulheres", disse a pesquisadora.
Menino abandona escola para trabalhar e menina para ter filho
Entre os jovens de 15 a 17 anos que não frequentavam a escola, há uma proporção maior de homens que trabalhavam. Em 2010, 7,6% dos homens dessa idade só trabalhavam frente a 4% das mulheres.
No entanto, o percentual de mulheres que não trabalhavam nem estudavam nessa faixa etária era maior. Entre as meninas de 15 a 17 anos, 12,6% não trabalhavam nem estudavam --entre os homens o percentual era de 9,1%.
De acordo com o estudo do IBGE, a situação está relacionada à maternidade, na medida em que 56,8% das adolescentes dessa idade que tiveram filhos estavam fora da escola e do mercado de trabalho, enquanto 9,3% daquelas que nunca foram mães encontravam-se nessa mesma condição.
* Com informações da Agência Brasil
Fonte: IG
Quem diz que não quer impressionar em uma entrevista para conseguir um trabalho está mentindo. Suas qualidades são o que conta, mas a primeira impressão também é fundamental. Além de analisar seu currículo e discurso, pode ter certeza que aquela pessoa na sua frente irá reparar no que você está usando. Salto alto ou sapatilha? Maxiacessórios ou peças delicadas? A seguir, algumas respostas de gurus da moda.
1. CONSERVE SUA PERSONALIDADE
"Quando você se veste para alguma entrevista de emprego, é claro que você deve usar algo adequado com a posição, mas também tem que ser fiel à aquilo que você é. Acho que o look ideal é o que mostra conhecimento sobre o que está acontecendo no mundo da moda (ou seja, você estar por dentro das tendências), mas que ao mesmo tempo destaca seu estilo pessoal."
(Nina Garcia, diretora criativa da Marie Claire americana).
2. VISTA-SE DE ACORDO COM O AMBIENTE
"É muito importante mostrar que você está ciente o suficiente para se vestir de acordo com o ambiente. Dito isso, você deve dar um toque pessoal ao visual, tome liberdade para se expressar com cores, texturas e acessórios bem escolhidos para a ocasião."
(Rachel Wang, diretora de mercado de moda do site Style.com).
3. APOSTE EM ITENS ESSENCIAIS
"Acho que a pessoa deve usar algo apropriado para a posição que está concorrendo, então esse visual pode ser muito diferente, uma vez que, às vezes, há diferentes tipos de trabalho em uma empresa. Eu acho que a joia é uma boa forma de personalizar o look, especialmente se as peças que você usa são vintage ou têm algum valor sentimental. Eu também sugeriria vestir uma blusa com mangas longas ou um blazer, é um pouco estranho ver alguém com os braços descobertos em uma entrevista"
(Hilary Kerr, co-CEO e co-fundadora do site Who What Wear).
4. NA DÚVIDA, OPTE PELO CLÁSSICO
"Vestir-se bem não tem a ver com marca, mas sim como você se comporta. Para mim, é preciso ter confiança e escolher um look que reflita sua personalidade. Eu indicaria um visual mais clássico e elegante porque essa deve ser a primeira e melhor impressão que você irá passar."
(Melissa Hobley, vice-presidente de marketing da Boots USA).
5. MENOS É MAIS
"O que me impressionaria? Para ser sincera, seria algo similar com o que eu vesti para a minha entrevista aqui... Se alguém surgisse com algo que parecesse inteligente, mas simples e de boa qualidade, e complementasse com um ou dois acessórios de impacto, eu ficaria surpresa imediatamente. E, claro, você deve se sentir relaxada e confortável na entrevista. Eu sempre penso que quando mais você se veste, ou tenta fazer um papel, mais incômoda você ficará."
(Natalie Kingham, diretora de compras do site Matches Fashion).
6. PREZE PELO CONFORTO
"Você deve parecer elegante, mas também sentir-se confortável com o look. Há algo um pouco trágico em ver alguém mancando no corredor com saltos que estão matando seus pés, ou em um paletó que está obviamente apertado e dando coceira. É difícil conversar com uma pessoa que está inquieta e com dor, e uma boa entrevista tem tudo a ver com um bom diálogo.
(Meredith Rollings, editora-chefe do site Red Book).
7. NÃO TENTE SER FASHIONISTA DEMAIS
"O que você veste em uma entrevista é mais importante do que aquilo que as pessoas pensam. O que você está usando comunica quem você é antes de mesmo de abrir sua boca. Na minha opinião, é tão importante ser elegante quanto ser bem articulado. Um grande erro que meninas comentem é tentar parecer tão na moda que acabam esquecendo o profissionalismo. Eu preferiria conhecer pessoas que aparentam ser um pouco mais sérias e conservativas. Mostre seu gosto com os tecidos, cores e cortes das peças que escolheu, e talvez com um acessório chave. Com um blazer, por exemplo, você não erra. Ele emana estabilidade e atitude. Certifique-se de que seu cabelo está limpo, suas unhas feitas e que seus sapatos estão em bom estado. Todos olham para os pés."
(Katherine Power, co-fundadora e CEO da Clique Media).
Fonte: Marie Claire
Osite americano Glassdoor "garimpou" entre as dezenas de milhares de resenhas de usuários sobre entrevistas de emprego as perguntas mais frequentes feitas recentemente.
O resultado é esta lista de 50 perguntas. Entre questões óbvias e outras mais inusitadas, confira o que os recrutadores têm perguntado aos candidatos:
1. Quais são os seus pontos fortes?
2. Quais são os seus pontos fracos?
3. Por que você está interessado em trabalhar para esta empresa?
4. Onde você se vê em cinco anos? E em 10?
5. Por que você quer deixar o seu emprego atual?
6. Por que há uma lacuna na sua trajetória profissional entre (data) e (data)?
7. O que só você pode nos oferecer?
8. Cite três pontos em que seu ex-chefe gostaria que você melhorasse.
9. Você busca uma recolocação no mercado?
10. Você tem planos de viajar?
11. Conte sobre a realização de carreira da qual mais se orgulha.
12. Conte sobre alguma vez em que você tenha cometido um erro.
13. Qual o seu emprego dos sonhos?
14. Como você ficou sabendo desta vaga?
15. O que você espera realizar nos primeiros 30 dias, 60 dias e 90 dias de trabalho?
16. Fale um pouco sobre o seu currículo.
17. Fale um pouco sobre sua formação acadêmica.
18. Descreva-se.
19. Conte-me como lidou com uma situação difícil.
20. Por que deveríamos contratá-lo?
21. Por que você está procurando um novo emprego?
22. Você trabalharia em fins de semana e feriados?
23. Como você lidaria com um cliente bravo?
24. Qual a sua pretensão salarial?
25. Conte-me sobre alguma vez em que foi além e também abaixo do que era esperado para um projeto.
26. Quem são seus concorrentes?
27. Qual o seu maior fracasso?
28. O que te motiva?
29. Qual a sua disponibilidade?
30. Quem é o seu mentor?
31. Conte-me sobre alguma vez em que discordou do seu chefe.
32. Como você lida com a pressão?
33. Qual o nome do seu CEO?
34. Quais as suas metas de carreira?
35. O que o motiva para se levantar todos os dias?
36. Quais eram os pontos fortes e fracos dos seus chefes?
37. O que as pessoas que se reportam diretamente a você diriam sobre você?
38. Se eu ligasse agora para o seu chefe e perguntasse em quais pontos você precisa melhorar o que ele diria?
39. Você é um líder ou um seguidor?
40. Qual o último livro que você leu por diversão?
41. Quais são os hábitos irritantes dos seus colegas?
42. Quais são os seus hobbies?
43. Qual o seu site favorito?
44. O que o deixa desconfortável?
45. Quais foram as suas experiências de liderança?
46. Como você demitiria alguém?
47. O que você mais gosta e o que menos gosta de trabalhar neste setor?
48. Você trabalharia 40 horas ou mais por semana?
49. Quais perguntas eu não fiz para você?
50. Quais perguntas você quer fazer para mim?
Crédito: Exame
Desemprego, inflação, corrupção. A cada dia somos bombardeados com mais notícias sobre uma crise que só se aprofunda. Num cenário como este, como planejar os próximos passos da carreira? Para a executiva Denise Damiani, o momento é de ir para o mercado, falar com seu público consumidor, entender quais são suas necessidades atuais.
“Às vezes, uma pequena modificação num negócio de 20 anos pode fazer a diferença. É preciso criar estratégias de sobrevivência nesse momento. Quem conseguir sobreviver, quando a crise passar, voltará fortalecido”, diz a executiva, que tem mais de 25 anos de experiência nas áreas de operações e consultoria.
Formada em engenharia elétrica pela USP, com MBA em Harvard, Denise dedica hoje parte do seu tempo a ajudar mulheres a crescer em suas carreiras e cuidar do próprio patrimônio. Este mês, em parceria com a consultoria Kind, inicia o programa Transformação Empreendedora para Mulheres, uma série de workshops destinados a interessadas em dar um novo rumo a suas trajetórias profissionais, sem abrir mão da vida pessoal.
A pedido de Marie Claire, a consultora listou 8 lições para quem alcançar sucesso no trabalho em tempos de crise.
1. QUESTIONE-SE SE A CRISE ATINGE VOCÊ
O primeiro passo, segundo Denise, é se certificar de que a crise de que se fala atinge o seu setor. “Há uma certa histeria em torno disso porque estávamos em pleno emprego e todo mundo que sabia um pouco mais do que ler e escrever tinha emprego, não necessariamente as pessoas mais preparadas”, pondera a executiva. “Tem uma crise conjuntural, que é do país, e uma estrutural em alguns setores, que não necessariamente atingem todas as pessoas.”
2. A CRISE ATINGE O SEU SETOR. E AGORA?
Uma vez identificada que a crise atinge o seu setor de trabalho, segundo a executiva, há duas possibilidades: ser vítima ou protagonista. “A atitude é 80% do que você vai conseguir. Se entrar numa de vítima, você pode achar que o problema é o governo, a operação Lava Jato, a Dilma, não tem nada que fique na sua mão”, diz.
Para Denise, a crise representa um momento de ir para o mercado, falar com os clientes, entender o que as pessoas estão comprando e oferecer descontos. “Às vezes, uma pequena modificação num negócio de 20 anos pode fazer a diferença. É preciso criar estratégias de sobrevivência nesse momento. Quem conseguir sobreviver, quando a crise passar, voltará fortalecido.”
3. TODOS TÊM POTENCIAL PARA EMPREENDER
Em suas palestras, Denise Damiani defende a capacidade de empreender é inata do ser humano. Para a executiva, as pessoas que dizem não ter talento para nenhum negócio ou são movidas por medo ou por falta de informação. “Todo mundo acha que ter emprego fixo com carteira assinada e dinheiro na conta no fim do mês é estabilidade, mas isso é falso. O mundo não é mais estável. Tem gente com 30 anos de empresa que é mandada embora.”
4. TENHA ESPÍRITO EMPREENDEDOR
Quando fala de empreender, a executiva explica que não se refere só a quem quer abrir o próprio negócio. “Quem não tiver espírito empreendedor, mesmo dentro da empresa onde trabalha, tem chances mais limitadas de ter uma boa carreira.” Denise também alerta para a falsa ideia de que abrir a própria empresa significa trabalhar menos. “Na maioria das vezes, é exatamente o contrário.”
5. SONHE COM EMPREENDIMENTOS MAIORES
Em suas entrevistas com mais de 300 mulheres, a consultora afirma ter identificado algumas particularidades. A maioria, diz ela, não gosta de vender nem liderar e sonha com empreendimentos menores. “Tem alguns aspectos que para os homens são diferentes, que são estimulados desde a infância. É por isso que costumamos dizer que estagiários homens se sentem presidentes e presidentes mulheres se sentem estagiárias.”
Além de combater essas características, segundo Denise, as mulheres precisam também identificar e usar mais seus atributos positivos. “A mulher toca o mundo de maneira bem próxima, tem uma capacidade de entender o que o mundo precisa. Em um momento de crise, é preciso de pessoas mais conectadas com a realidade.”
6. A MATERNIDADE NÃO VAI ACABAR COM SUA CARREIRA
Faz parte da cultura do mundo corporativo que mulheres temam perder o emprego quando engravidam ou até adiem ou desistam dos planos de ser mãe. Para a executiva, a questão envolve problemas de autoestima e medo de não saber se reinventar no mundo do trabalho. “Não faz sentido que alguém que está vivendo o mundo aqui fora se torne mais desatualizada do que quem está fechado num escritório”, afirma.
Mãe de gêmeos, Denise garante nunca ter pensado que sua maternidade iria ser um baque na carreira. “Nesta época, comandava minha própria empresa e passei a morar do lado do trabalho. Voltei a trabalhar após 35 dias porque tinha essa conveniência de poder voltar para casa para cuidar dos meus filhos, mas se não tivesse isso, teria colocado eles num berçário. As mulheres que tiram seis meses de licença maternidade voltam com outra perspectiva, com uma boca a mais para alimentar.”
7. É POSSÍVEL CONCILIAR CARREIRA E VIDA PESSOAL
Mas se ter filhos já é um desafio para mulheres às vezes no momento mais produtivo de suas trajetórias profissionais, conciliar a carreira com os inúmeros afazeres é maior ainda, mas não impossível, diz Denise. “Se você quiser, vai conseguir conciliar ou então terá a desculpa perfeita para desistir.”
A executiva conta que, após o nascimento dos filhos, cuidava de si (fazia ginástica), dos gêmeos, da casa e do trabalho. “Não sobrava tempo. Com uns dois, três anos, já sobrava algum, mas só tive minha vida equilibrada de novo em uma década. Mesmo quando o marido ajuda, nós não abrimos mão de alguns papeis. Então, não adianta reclamar. É preciso fazer as escolhas e arcar com as consequências delas.”
8. NEGOCIE MELHOR SEU SALÁRIO
Tema de um livro ainda a ser lançado por Denise Damiani, a desigualdade salarial entre gêneros é uma realidade em todas as classes de mulheres que entrevistou. “Entendi que a mulheres não brigam por salários [melhores] por medo de perder o emprego e porque, na maioria dos casos, não têm dinheiro guardado. É um ciclo vicioso: elas ganham menos, gastam mais, não sabem investir o dinheiro e, portanto, não pedem aumento.”
Segundo a executiva, muitos estudos mostram ainda que as mulheres aceitam a primeira oferta de salário. “Na minha própria experiência, passei a fazer ofertas dizendo às mulheres para não me darem a resposta na hora porque é um impulso. Invariavelmente, elas não voltavam a negociar. Como vão te oferecer mais se você mesma não valorizar seu trabalho?”
Fonte: Marie Claire
Em tempos de mercado de trabalho com déficit de vagas e excesso de profissionais em busca de emprego, vale usar diversas estratégias para ganhar destaque e se manter no emprego. Segundo Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Carreers, entre as táticas usadas está a falsidade. Mas como identificar que uma pessoa está sendo falsa com os colegas no ambiente de trabalho e até deseja puxar o tapete deles?
Segundo a especialista, a pessoa falsa pode se passar por alguém gentil e prestativo. Porém, também é possível perceber que ela fará fofocas de colegas ao mesmo tempo em que ela tentará ser simpática e bajuladora.
“A falsidade pode ser consequência de uma baixa autoestima ou até mesmo de uma necessidade de tentar parecer o que não é. Se você já se lembrou de alguém assim, pode desconfiar que essa pessoa só pensa nela mesma e nas conquistas que pretende alcançar”, explica.
Madalena alerta que a máscara, uma hora ou outra, vai cair. “Se você ainda não sabe se aquele ou aquela colega é dissimulado, não se preocupe. Com o tempo, você vai perceber se ela se contradiz, se ela fala mal de alguém pelas costas e vai acabar identificando a falsidade ali”, comenta.
Como agir
- Imagine que você seja o assunto da pessoa falsa, que está tentando te colocar em um nível inferior em relação aos seus outros colegas e chefes. Como você reagiria? Muitas pessoas com certeza iriam discutir e cobrar satisfação. Porém, esse pode não ser o melhor caminho.
- Resolver a situação com um diálogo pode ser a melhor atitude, mas desde que o diálogo seja feito de maneira discreta. Isso porque originar situações de discussões acaloradas e brigas no ambiente de trabalho pode ser muito prejudicial para a sua carreira, podendo levar até a demissão.
- O primeiro passo que deve ser tomado com essas pessoas que querem impedir seu progresso é se afastar, pois gastar energia com quem não deseja seu bem pode ser muito desgastante e te atrapalhar.
- No entanto, se afastar não significa que você deve parar de falar e ignorar a existência da outra pessoa. A relação com a pessoa deve existir, sendo estritamente profissional. O problema é querer ser amigo dessa pessoa, segundo Madalena.
“Dessa maneira, com o tempo, a pessoa que prefere se tornar um personagem no trabalho vai perdendo mais espaço, por isso, não é preciso dar muita atenção a essas pessoas. Saber trabalhar em equipe pode ser um diferencial seu no mercado e essas pessoas vão se complicar nesse sentido. Por isso, quem convive com uma pessoa falsa pode ficar tranquilo e manter todo o foco apenas no seu trabalho que no final você será recompensado”, conclui.
Fonte: G1
Elaborar um currículo está longe de ser uma tarefa fácil. Em meio a tantas dúvidas, selecionar quais informações merecem mais ou menos destaque é o grande desafio de qualquer profissional.
Mesmo para aqueles que possuem uma grande experiência no mercado e uma carreira invejável, algumas palavras e expressões que são muito comuns em currículos podem diminuir as chances de uma contratação.
Pensando nisso, substituir palavras muito utilizadas, acrescentar fatos e dados concretos e buscar detalhes da carreira são alguns dos pontos positivos que os contratantes levam em consideração.
Com a ajuda de especialistas, Exame.com elaborou uma lista com algumas palavras e expressões que você deveria retirar, ou pelo menos substituir, do seu currículo para deixá-lo mais atraente. Confira.
De acordo com o LinkedIn, “liderança” aparece como a palavra mais utilizada nos perfis dos usuários dessa plataforma. Mesmo sendo popular, a simples indicação dessa competência não acrescenta nada para o currículo.
Segundo o gerente de vendas da empresa de recrutamentos Michael Page, João Paulo Klüppel, o melhor a se fazer nesse caso é contar experiências já vividas em outros ambientes de trabalho que comprovem essa habilidade. “Sempre indicamos que não há necessidade de expor suas qualidades de maneira vaga, um bom currículo é aquele cujas competências aparecem ligadas às experiências”.
A exemplo do termo liderança, colocar apenas a palavra “pontual” como uma qualidade não melhora seu histórico profissional. No mercado, espera-se que todo colaborador seja pontual e isso não o faz um melhor empregado.
Utilizar a expressão “bom comunicador” em um currículo pode não dizer muita coisa sobre a pessoa, já que qualquer característica de comportamento vai ser observada posteriormente em uma entrevista presencial.
Para a especialista em RH do site Vagas.com, Patrícia Sampaio, os adjetivos são dispensáveis no currículo. “O entrevistador vai chegar às conclusões sobre as qualidades do candidato sozinho. A dica nesse caso é sempre colocar algum exemplo prático que ajude a entender por que a pessoa se classifica dessa maneira”.
No mesmo raciocínio sobre a expressão “bom comunicador”, ser “altamente qualificado” também diz pouco sobre o candidato. Para Klüppel, o profissional deve lembrar que o currículo é apenas um documento – de papel ou digital – e que não reflete competências. “Todas as características são competências que só são avaliadas ao vivo, e não no currículo”.
O gerente de vendas da Michael Page afirma que é sempre bom evitar dar destaque a interesses pessoais e características de personalidade no currículo. Muitas vezes elas não ajudam a refletir o real profissional por trás disso.
A expressão “trabalho em equipe” também deve ser substituída por resultados atingidos em grupo, recomendam os especialistas. “Apenas dizer que trabalha bem em equipe é muito vago. O ideal é apostar em exemplos práticos de resultados alcançados em equipe em outras experiências”, completa Klüppel.
Outro adjetivo desnecessário. A inovação é uma qualidade que o candidato dificilmente conseguirá destacar num currículo sem exemplos. Patrícia Sampaio ressalta que as seleções hoje em dia são direcionadas e que é a riqueza de detalhes concretos que faz a diferença na hora da escolha do melhor perfil.
João Paulo Klüppel afirma que, nas empresas hoje, parte-se do pressuposto de que todos os seus colaboradores são honestos e éticos. “O mercado de trabalho tem esse tipo de valor enraizado. As organizações trazem isso dentro da sua cultura”. Colocar essa característica entre suas habilidades não vai diferenciar o profissional dos seus concorrentes.
O gerente de vendas da Michael Page afirma que a maneira como o candidato se descreve, tanto no objetivo como nas responsabilidades, pode ajudar a definir uma vaga. Para ele, o ideal é evitar o excesso de criatividade no currículo, com informações que não sejam pertinentes e expressões que não trazem informação alguma. “A questão ortográfica também é essencial. É sempre bom fazer uma revisão”.
Em algumas carreiras, o uso de siglas e nomenclaturas próprias é muito comum. Porém, o profissional deve lembrar que muitas vezes a pessoa que lê os currículos pode não estar familiarizada com certas abreviações, o que pode prejudicar o entendimento. “O gestor de RH, por exemplo, dificilmente dominará expressões específicas de determinadas áreas. É importante colocar as informações por extenso antes de utilizar as siglas”, afirma Klüppel.
Objetividade ao detalhar as funções anteriores conta pontos positivos e expressões como “responsável por” podem tirar o enfoque do que interessa. “O mais importante aqui é a informação que vem depois, nesse caso é melhor optar por colocar direto a função”, diz Patrícia. Mantenha apenas informações verdadeiras sobre sua carreira, sem dados falsos ou que maquiam as suas reais atividades, recomenda a especialista do Vagas.com.
Para João Paulo Klüppel, é necessário atenção na hora de descrever responsabilidades em experiências anteriores. “Nossas funções nunca são iguais nos diferentes empregos. É importante destacar essas diferenças, evitar que as informações se repitam, para não empobrecer o currículo, e ajudar o recrutador a compreender a evolução profissional da pessoa”.
Currículos agrupam informações de uma mesma pessoa. O uso de pronomes pessoais é dispensável já que os dados falam de um mesmo profissional. “A forma mais direta sem pronomes pode tornar as informações mais claras, já que o currículo pressupõe contar a história da própria pessoa”, diz Patricia Sampaio.
Um dos erros mais comuns é pecar pelo excesso de palavras ao descrever a trajetória. O hábito, muito comum entre os jovens em início de carreira, traz uma falsa sensação de ter mais experiências profissionais. “Um bom currículo é aquele que traz todas as passagens de forma sucinta ou aquele que destaca os pontos altos das últimas passagens do profissional”, afirma Klüppel.
O gerente de vendas da Michael Page afirma que, no caso dos mais jovens, os recrutadores não levam tanto em consideração a quantidade de experiências que ele possui, mas sim o potencial que carrega consigo. “É natural que o currículo de um jovem que está entrando no mercado seja completamente diferente daquele de uma pessoa experiente. A dica para suprir essa falta de dados é colocar algumas experiências da faculdade, algum curso e/ou trabalho voluntário relevantes para conseguir a vaga, sempre de forma sucinta”.
Fonte: M de Mulher
Uma das coisas que mais gosto de fazer é networking (ou construção de relacionamentos). Comecei a investir na minha rede de contatos há muitos anos, depois de participar de um treinamento corporativo comercial. O instrutor dizia que para melhorar sua performance comercial, você deve primeiramente aperfeiçoar sua forma de se relacionar com as pessoas. Negócios são fechados por pessoas e não por empresas. Quanto mais confiança existir na relação, maior a probabilidade de você ser o fornecedor preferido do cliente.
Após muitos anos colocando aqueles ensinamentos em prática, pude constatar que os relacionamentos de qualidade não apenas abrem portas com clientes, mas também com chefes, pares, subordinados, recrutadores, jornalistas, influenciadores etc.
Na prática, as pessoas preferem trabalhar e conviver com pessoas confiáveis, e essas pessoas, geralmente, fazem parte do seu círculo de relacionamento (ou do círculo das pessoas nas quais você confia). Então, muitas vezes o "quem indica" é a forma mais comum de encontrarmos um recurso.
Há quem diga que a indicação é inimiga da meritocracia, pois o amigo (ou o amigo do amigo), nem sempre é a pessoa mais qualificada. Eu entendo que seja possível uma convivência pacífica dos dois. Enquanto a capacidade ou capacitação são atributos fundamentais, a validação externa complementa o processo. Qual a utilidade prática de sermos ótimos se ninguém sabe disso?
Investir em networking significa ter consciência, desejo, planejamento, foco e execução. Parece muita coisa, mas é um investimento altamente rentável e com baixo risco.
Muitas pessoas dizem que não gostam ou não sabem fazer networking. Por isso passei a compartilhar minha experiência nesse tema. Posso assegurar que as dicas abaixo são infalíveis, testadas e aprovadas por muitas pessoas que já estiveram em minhas apresentações.
Dica 1. Saia da zona de conforto. Não é possível fazer networking e ficar na sua zona de conforto ao mesmo tempo. Se você almoça sempre com as mesmas pessoas, prefere ficar com os colegas de sua área em eventos corporativos e não gosta de interagir com novas pessoas, você precisará mudar sua atitude.
Dica 2. Administre seu tempo. Um dos artigos mais escassos na vida das pessoas é o tempo, e usamos a falta de tempo como desculpa para não fazermos networking. As mulheres que possuem dupla ou tripla jornada, especialmente, tendem a fazer menos networking do que os homens, pois algumas oportunidades de relacionamento aparecem fora do horário de trabalho. Devemos, porém, reconhecer que networking é uma parte importante do nosso trabalho e aproveitar parte do nosso horário de trabalho para fazê-lo. Quando levantamos da nossa cadeira e vamos falar pessoalmente com uma pessoa do escritório, estamos fazendo networking. Quando puxamos conversa com um desconhecido no café da empresa, estamos fazendo networking. Isso não significa que devamos nos restringir ao horário de trabalho para o networking, mas o ponto é avaliarmos o quanto usamos esse tempo para também fazer networking.
Dica 3. Eventos. Quando me refiro a eventos, algumas pessoas dizem que não possuem muitas oportunidades de participação em eventos externos. Então, interpretem eventos como qualquer compromisso previamente agendado que conte com a presença de pessoas com as quais você ainda não possui relacionamento. Pode ser a confraternização da empresa, uma reunião interna, um treinamento etc.
Para tirar o melhor proveito do evento: gaste alguns minutos para descobrir quem estará presente, faça uma lista daqueles que você gostaria de conhecer, pesquise um pouco sobre o perfil das pessoas, tente descobrir contatos em comum. Procure as pessoas durante o evento e apresente-se.
Dica 4. Não tenha vergonha. Independentemente de serem extrovertidas ou introvertidas, muitas pessoas têm vergonha de iniciar conversas com estranhos. Supere o medo da rejeicão e/ou reprovação. Diga para si mesma: "o não eu já tenho", "se não quiser conversar comigo, o outro é quem sairá perdendo", "não podemos ganhar sempre", " pelo menos ganharei a experiência", "não fazemos omelete antes de quebrarmos os ovos", "não podemos agradar a todos". E saiba que na maioria das vezes, você vai se surpreender com o resultado positivo da sua abordagem e sairá confiante e motivada para a próxima.
Dica 5. Faça perguntas e aprenda a escutar. Quando queremos que as pessoas gostem de nós, devemos adotar a estratégia "é mais sobre elas e menos sobre mim". As pessoas apreciam serem ouvidas e possuem mais empatia com aqueles que as admiram e gostam dela. Assim, após se apresentar, mostre interesse pela pessoa, faça perguntas não invasivas e elogios sinceros e preste muita atenção no que ela está dizendo. Aproveite para identificar interesses, experiências e visões comuns. Apesar de devermos valorizar a diversidade, nosso inconsciente prefere aqueles que se parecem conosco e pensam como nós.
Dica 6. Seja uma pessoa interessante. Temos que estar abertos a novos assuntos e experiências, pois quanto maior for o nosso repertório, maior será a probabilidade de sermos interessantes. Além de saber ouvir, será mais fácil ter uma conversa interessante sobre os temas de interesse do outro se você conhecer minimamente o assunto. Então, que tal não pular um artigo de uma revista que trata de um assunto com o qual você não tem familiaridade? Ou ouvir um pouco de música clássica se esse gênero não estiver entre os seus preferidos? Ou ainda aprender um pouco sobre futebol americano?
Dica 7. Mantenha seu contato vivo. Para atingir profundidade é preciso tempo e recorrência. Muito dificilmente uma relação de confiança vai ser estabelecida durante um único encontro. O primeiro contato é fundamental, mas tão importante quanto são os seguintes. Tente se fazer presente com alguma frequência. Você pode, por exemplo, passar pelo andar ou escritório do contato, compartilhar um artigo de interesse, convidar para um café ou almoço, conectar-se e interagir pelas mídias sociais.
Dica 8: Pratique o que você prega. Sinceridade e consistência são fundamentais. Não finja ser quem não é nem apreciar o que não gosta. Seja verdadeiro. os resultados do seu investimento começarão a aparecer de forma relevante quando várias pessoas começarem a falar positivamente umas com outras sobre você.
Dica 9: Não se aproxime apenas de pessoas que tenham mais do que você. Um erro muito comum é valorizar apenas pessoas que tenham cargos de liderança, bem-sucedidas e famosas. Influência e relevância nem sempre são encontradas apenas nessas pessoas. Seus pares, seus subordinados, pessoas simples, jovens e iniciantes possuem tanto quanto para dar. Não subestime ensinamentos, experiências, amizades e parcerias.
Dica 10: A regra de ouro: Dar para receber. Assim como há várias pessoas que podem nos ajudar, há várias que podem ser por nós ajudadas.
E o mais importante: não se esqueça de se divertir e fazer muitos amigos.
Fonte: Marie Claire
Pois é, meus amigos, estou formada, mas com diversas pendências na minha IES (Instituíção de Ensino Superior) e ainda com 2 matérias pra fechar e algumas coisinhas pra reunir e acabar logo com os 2 cursos de graduação que fiz: bacharelado e licenciatura em Química.
Depois de tantos estudos e formação, dá-lhe de fazer inscrição e provas de concursos públicos, e graças a Deus em todos passo, alguns me classifico e quem sabe um dia sou chamada.
Por enquanto, preciso de um emprego, e URGENTE pra sustentar minhas idas e vindas e minhas dívidas da faculdade e pessoais, que estão pra lá de estouradas.
Situação difícil, até porque não é uma tarefa fácil arrumar emprego atualmente.
Dar aulas particulares, é uma, mas quando não se tem dindim pro anúncio, vão as alternativas on line, que infelizmente estão cada dia mais difíceis de serem bem aceitas e enquanto isso não consigo nem sair de casa. Tenho que fazer meu estágio que perdi por conta da falta de 1 assinatura de uma professora mal-humorada que emperrou a minha vida no início do ano, perdendo meu processo de pedido de uma declaração do estágio que fiz através do meu curso da UERJ e quando dei por mim, entraram em recesso, ela viajou e a via crussis que eu teria que percorrer não valeria à pena, pois teria expirado meu prazo e caducaria pelo tempo, ou seja, tudo bem refarei 400 h num colégio do Estado com a minha orientadora... Mais experiência, porém mais perda de tempo, dinheiro de passagem e dias perdidos indo e vindo atrás da burocracia necessária para tal atividade. Ônus da displicência ou de não querer ser a chatinha que fica atrás das pessoas cobrando, como um dia parei de ser pra não ficar "queimada" com ninguém, mas olha aí: estrepei-me de verde-amarelo. Pior, perdi oportunidade em 3 colégios particulares, 1 projeto do CECIERJ que a professora que me convidou está há anos a minha espera e o meu mestrado que é o último ano sem prova na UERJ pra área de Meio Ambiente, pode com uma coisa dessas?
Pois bem, resolvi ler sobre RH e ingressar nos vários, muitos, quase todos grupos de vagas e oportunidades que divido com os meus queridos amigos, parentes, mestres todos os dias, quase, e virou minha atividade principal, passo dias e dias inteiros e horas a fio em frente ao pc triando vagas e as poucas que aparecem pra minha área e que envio meu Currículo ou não respondem, ou pedem mais do que eu posso dar, parece que já fazem de propósito, mas eu encaro como experiência, sempre e agradeço. Mas o que me chamou atenção para escrever esse texto foi o que ocorreu há mais ou menos 1 semana, num dos grupos de RH que percorro. Uma pessoa fez um protesto sobre o tratamento e as chamadas pra entrevista questionando os processos seletivos por aí afora, pelo país inteiro.
Isso tudo causou um levante de depoimentos, eu até incentivei e a moderadora estimulou e veio um rico acervo de relatos que são de excelente qualidade e maturidade. Selecionadores de RH não ficaram de fora, realmente falaram da sua parte e muito se aprendeu. Quero aqui, inclusive, aproveitando que estamos com uma lei reformulada no tocante da experiência mínima de 6 meses e reajustes de salário mínimo, chamo você leitor pra esse debate, através dos comentários, acrescente aqui sua opinião sobre:
Aguardo sua participação! (se não quiser se identificar, deixe o seu nome abreviado e não deixe contatos tais como: e-mail, etc...)
Caso você ainda não tenha ouvido falar, a gente explica: bastante popular na internet, o Bullet Journal é um tipo personalizado de agenda, criado e recriado a todo instante por cada um de seus usuários.
Além de ajudar todo mundo a cumprir suas tarefas diárias numa boa, ele também tem se destacado como opção de “monitoramento” da saúde mental. Em gráficos e tabelas específicas para o registro dos sentimentos e das atividades de cada dia, os adeptos do “BuJo”, como é chamado nas redes sociais, conseguem acompanhar a frequência da felicidade, da tristeza e de demais emoções, além relacioná-las a suas ações cotidianas.
A popularização da agenda para esse propósito específico tem tudo a ver com o fato de a saúde mental estar finalmente sendo discutida na mídia hegemônica. Junto à própria menção ao tema, tem aumentado cada vez mais o número de celebridades que admitem publicamente sofrerem de transtornos psíquicos, por exemplo. Isso é positivo, já que ajuda a diminuir o preconceito diante do sofrimento e deste tipo de doença; mas de certa forma também negativo, já que pode gerar, além de desinformação, o diagnóstico excessivo de determinados transtornos e a aparição de “soluções mágicas” para os dias em que não nos sentimos tão bem. O BuJo pode ser considerada uma destas soluções.
É claro que não se pode ignorar a popularidade deste método – e, não, seu sucesso não se dá em vão. Em entrevista à New York Magazine, o neurocientista Daniel Levitin explica alguns dos aspectos positivos do Bullet. De acordo com ele, as vantagens são semelhantes às de outros tipos de agenda, já que, como só conseguimos focar em cerca de quatro coisas ao mesmo tempo, quando anotamos nossas tarefas, podemos “excluir” da mente algumas preocupações e realmente nos concentrar no que estamos fazendo. “Se você está no trabalho e tem vozes na sua cabeça dizendo coisas como ‘Não se esqueça de buscar as roupas na lavanderia’, ‘Precisamos comprar leite’, ‘Eu preciso pagar aquela conta hoje’ e ‘Tenho que ligar para a tia Tilly’, isso já são quatro coisas”, ele diz. “Você já estaria trabalhando sua cabeça ao máximo, sem nem ao menos estar trabalhando”.
Além disso, o BuJo é um tipo tão livre e personalizável de agenda que acaba podendo ser categorizado como trabalho manual – algo que tem sido bastante relacionado ao bem-estar mental.
Segundo Valeschka Martins Guerra, psicóloga e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), os registros diários podem ser mais efetivos quando são feitos de maneiras específicas, diferente das listas e dos quadradinhos mais comuns nos Bullet Journals. “Indivíduos que escrevem sobre suas emoções e pensamentos têm um aumento no seu nível de bem-estar, faltam menos ao trabalho, apresentam maiores notas acadêmicas e um sistema imunológico mais resistente”, explica ela. “Um tipo de anotação diária que tem sido consistentemente estudada por pesquisadores diz respeito aos diários de gratidão, em que você anota diariamente três eventos ou coisas pelos quais se sente grato. A gratidão é uma emoção que pode ser treinada com esse tipo de hábito, e esse treinamento tem demonstrado um aumento nos níveis de bem-estar e uma redução de sintomas de doenças físicas”.
Já para Christian Dunker, psicanalista e professor da Universidade de São Paulo (USP), o Bullet e os aplicativos como o Daylio são uma “nova versão” de antigas preocupações. “É sobre como devemos nos governar, nos conter, nos administrar de modo a obter ganhos de produtividade e funcionalidade”, diz.
“É uma abordagem que funciona melhor para sintomas ou dificuldades bem específicas”, explica ainda Dunker. “No geral, o que se obtém como transformação de comportamento logo é ‘devolvido’ em termos de auto-decepção – mais ou menos como acontece com os regimes alimentares”.
Ou seja: sim, esta agenda pode ajudar – principalmente em termos de organização -, mas, por às vezes explicitar nossas tristezas e até nossa incapacidade de manter a disciplina, também pode nos fazer mal.
Os “gráficos de humores” feitos nos Bullet Journals e no próprio Daylio podem (e provavelmente vão) evidenciar uma verdade: existem dias tristes em nossas semanas, meses e anos. Mesmo que não seja através de registros diários ou do Bullet Journal, porém, sempre é possível encontrar e criar novas formas de lidar com a dor – e às vezes até de conseguir entender, como sugere Dunker, o que o sofrimento pode dizer sobre nós mesmos.
E, quando toda solução parecer distante demais, é importante saber que sempre há profissionais prontos para ajudar.
Fonte: M de Mulher
A gerente de marketing Cíntia*, 30 anos, de São Paulo, solteira e sem filhos, comanda um grupo de seis mulheres. Ela está aflita para fechar um projeto que será implementado na semana seguinte. Uma de suas subordinadas, Carolina*, não poderá ficar até mais tarde, pois avisou que precisa levar o filho ao pediatra. Cíntia tem consciência da dedicação da funcionária, mas não deixa de pensar: Puxa, as coisas aqui estão pegando fogo e ela sai bem agora? Não poderia pedir a alguém para levar o bebê?" Em outra companhia, Alessandra*, gerente de logística, grávida de cinco meses, fica sabendo que a empresa oferecerá um curso de uma semana num hotel fora de São Paulo e enxerga aí uma oportunidade de aprimorar seus conhecimentos. Quando seu chefe se dirige à equipe para decidir de quem é a vaga, uma colega já dispara: "Não manda a Alê, porque ela está grávida". Furiosa e frustrada, ela chega em casa e cai em prantos. "Essa não foi a primeira vez em que fui tirada de algum projeto ou de um curso por causa da minha gravidez. Não sei se querem me proteger ou pegar o meu lugar. Fico superinsegura. O que acontecerá então quando eu sair de licença?"
Um embate, na maioria das vezes velado, está em curso entre profissionais com e sem filhos. De um lado do ringue, estão mães exaustas, se desdobrando para dar conta da família e do trabalho, cheias de culpa. Do outro, mulheres sem filhos, disponíveis para focar todo o tempo e a energia na carreira e alheias aos dilemas das mães que trabalham fora. Será que a ascensão profissional nos próximos tempos será determinada pelo fato de a mulher ter ou não ter filhos? A questão é polêmica e divide quem trabalha com recrutamento. "Vai depender da posição da empresa em relação a essas duas profissionais e da estrutura que a própria mãe vai montar para manter o ritmo de trabalho", afirma Patrícia Epperlein, sócia e diretora-geral da Mariaca/InterSearch, empresa de recrutamento de executivos.
A gerente de controladoria Mariana*, 41 anos, acredita nessa competição. Quando não tinha filhos, ela cansou de ouvir críticas dos colegas ao comportamento das mães em relação ao trabalho. Hoje, uma vez por mês, ela sai meia hora mais cedo para levar a filha, de 8 meses, ao médico. "Pelas conversas paralelas, sei que sou criticada pelos meus pares, mas acho injusto. Eu não fumo e produzo o dia inteiro, enquanto meus colegas fumantes acabam matando uma hora por dia só nessas escapadas. Afinal, estou saindo por um motivo sério", desabafa. A relações-públicas Vanessa*, 28 anos, solteira, sem filhos, reclama dos privilégios que as casadas desfrutam, como tirar férias em janeiro e julho junto com os pequenos em idade escolar. Cheguei a perder dinheiro com passagem por que priorizaram uma colega com filhos. Eu também tenho meus motivos. Por que não posso folgar nesses meses?" Em compensação, acha que leva vantagem numa possível promoção. "Percebi a irritação da chefia em relação a funcionários - na maioria mães - que batem o ponto no horário certo." Será? "Não concordo. As grandes empresas levam em consideração a competência em primeiro lugar e não fazem esse tipo de discriminação. Minha consultoria, por exemplo, nunca deixou de recrutar uma mulher por esse motivo", afirma Gutemberg de Macedo, presidente da Gutemberg Consultores, empresa especializada em recolocação e aconselhamento de carreira. José Augusto Minarelli, presidente da consultoria de carreira Lens & Minarelli, admite que, numa disputa entre duas profissionais com a mesma competência, é possível que quem não tem filhos saia na dianteira."Eles podem ser uma restrição. Se a concorrente com a mesma competência não tem um impedimento como esse, ela é quem leva a promoção." Na contratação de executivas, também há uma predileção pelas sem filhos. Segundo a consultora Zenilda Castilho, da RH Internacional, empresa da área de recursos humanos, elas levam vantagem. "Para alguns cargos, meus clientes pedem para não selecionar profissionais com crianças menores de 7 anos. A idade dos filhos é uma barreira e um ponto a ser levado em consideração. A idéia é que a mulher, para cumprir todas as demandas domésticas, não conseguirá dispor de todo o tempo que a companhia lhe exigirá."
Fernanda*, 38 anos, executiva da área de telefonia, sentiu isso na pele recentemente, quando foi sondada pela chefia para uma possível promoção. Enquanto seus filhos eram muito pequenos, tinha receio de ser preterida por causa da suposta falta de disponibilidade das mães. "Há pouco, meu chefe me perguntou sutilmente se eu tinha intenção de ficar grávida outra vez. Disse que não e, naquele momento, senti que já não corria mais o risco de ser jogada para escanteio. Afinal, agora as crianças estão com 5 e 8 anos", conta. Para a secretária Andréa Marquardt, 36 anos, o fato de ser mãe só trouxe vantagens. Ela acredita que conquistou o emprego em uma multinacional ao revelar que estava se separando e tinha um filho de 2 anos para sustentar. "Na época, o chefe sentiu meu real comprometimento com a empresa quando percebeu que o meu filho dependeria financeiramente apenas de mim." A gerente titular do banco Itaú Personnalité, Léa Soler, 40 anos, também acha que as casadas se empenham mais. "Lidero seis gerentes, duas com filhos pequenos, e as mães são as melhores da equipe. Elas têm maturidade, foco e sempre superam os resultados." Léa admite que há competição, mas a culpa, afirma, é da imaturidade das sem filhos. "Eu mesma, antes de ter os meus, olhava torto para as mães que colocavam a carreira em segundo plano", confessa. Para ela, cabe à empresa evitar essa rixa avaliando seus subordinados pela competência. No caso de férias, por exemplo, dou prioridade para quem supera as metas e apresenta os melhores resultados durante o ano. Ou seja, é por mérito", explica.
A maioria dos especialistas ouvidos nesta reportagem concorda que a rixa se resolveria facilmente se as empresas oferecessem às mulheres mais condições de conciliar carreira e família. Em vários países, o apoio às mães começa no governo, que propõe leis claras e concede benefícios fiscais a companhias que dão suporte aos pais. Na Inglaterra, mães com filhos menores de 6 anos têm o direito de exigir redução da jornada ou de sair mais cedo até duas vezes na semana. Na Alemanha, o empenho do governo é maior ainda por uma questão econômica. Caso a taxa de natalidade continue a despencar, não haverá mão-de-obra qualificada para manter a produção e a prestação de serviços no país. Por isso, neste ano o governo passou a conceder uma ajuda financeira correspondente a 67% do salário líquido dos pais, desde que os dois se licenciem para cuidar do filho - a mulher por dez meses e o homem por dois.
O dilema é antigo e está longe de ser resolvido no Brasil, segundo Iaci Rios, consultora da DBM, empresa especializada em recursos humanos. Algumas companhias oferecem creches e horário mais flexível, o que facilita e muito a vida da mulher com filhos. Mas ainda são poucas", afirma. A farmacêutica Merck Sharp & Dohme é uma delas. A coordenadora de relacionamento com clientes, Lilian Sato, 32 anos, tem a opção de entrar entre 7 e 9 horas da manhã e sair às 15 horas às sextas-feiras. "Assim, posso levar meu filho, de 2 anos, à escolinha e pegá-lo no final do dia. É uma vantagem, pois a maioria das minhas amigas não consegue", garante. Enquanto isso, as mulheres vão fazendo o que podem para dar conta dos múltiplos papéis sem muita perspectiva. Na opinião de Patrícia Epperlein, um futuro melhor está por vir. "As empresas ainda enxergam as mães de forma diferente, mas isso está mudando, embora haja um caminho longo pela frente. Tenho certeza de que em breve as companhias serão obrigadas a rever a questão. Em muitas áreas, as mulheres estão dominando o mercado e já são maioria nas escolas em busca de aperfeiçoamento. Nenhuma empresa pode se dar ao luxo de desperdiçar tanta mão-de-obra especializada", finaliza ela.
Se você tem filhos e não quer ser vista de maneira diferente pela empresa, siga as orientações dos consultores:
Deixe claro na entrevista que você mantém uma estrutura organizada em casa. Tenha sempre na manga o telefone de uma segunda babá em caso de imprevisto.
Evite ao máximo sair no horário de trabalho para levar o filho ao pediatra. Caso não haja alternativa, converse com seu chefe para achar uma boa solução para as duas partes. Uma opção é dividir a tarefa com o marido.
Planeje sua saída na licença-maternidade e mantenha contato na sua ausência.
Seja discreta ao ligar para casa para saber das crianças. Esse telefonema é visto com naturalidade pela maioria dos chefes, mas não abuse e seja breve.
Não banque a supermãe e dedique um pouco de tempo a si mesma. Afinal, o equilíbrio reflete num bom desempenho no trabalho.
* Nomes trocados para preservar a identidade das entrevistadas
Entrou em vigor nesta segunda-feira 1º uma lei que torna ilegal pagar menos a mulheres do que aos homens em empresas na Islândia, um dos países com maiores índices de igualdade de gênero no mundo. A medida vale inclusive para órgãos governamentais.
A nova legislação exige que todas as companhias com mais de 25 funcionários tenham uma certificação especial garantindo que ali existem políticas de igualdade salarial. Os estabelecimentos que não seguirem a norma serão multados.
A Islândia, com a medida, se tornou o primeiro país do mundo a garantir igualdade salarial entre homens e mulheres em sua legislação, seguindo o objetivo de erradicar a disparidade até 2022.
Fonte: Marie Claire
Os trabalhadores brasileiros gostariam de ter mais flexibilidade no trabalho. Segundo pesquisa feita em pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, sete em cada dez brasileiros querem horários mais flexíveis, mas apenas 56% têm essa possibilidade hoje e 73% têm o desejo de trabalhar em casa ou em locais alternativos.
A divisão das férias também fez parte da pesquisa e mostrou que 53% gostariam de poder dividir as férias em mais de dois períodos. O número é maior entre os mais jovens: para os trabalhadores entre 16 e 24 anos, 62% gostariam de ter mais períodos de férias.
Acima dos 55 anos, esse número cai para 44%. Ainda assim, 58% gostariam de poder entrar em acordo com o chefe para reduzir o horário de almoço e sair mais cedo e 63% gostariam de poder entrar em acordo com o chefe para trabalhar mais horas por dia em troca de mais folgas na semana.
Além disso, 62% gostariam de poder receber o vale-transporte diretamente em dinheiro. Entre 16 e 24 anos, 64% preferem receber o benefício em dinheiro. O porcentual é mais baixo nos trabalhadores acima de 55 anos, quando apenas 49% preferem que trocar a forma de receber o vale-transporte.
Em meio à crise, a pesquisa perguntou ainda se aceitariam realizar acordos de redução de jornada e salário com o empregador para manter emprego e 43% responderam afirmativamente. Outros 54% não aceitariam a proposta. A rigidez nos horários é ainda maior nos empregos formais. Apenas 38% afirmam que a flexibilidade faz parte da rotina em quem tem emprego formal, no informal, esse número chega a 76%.
Com o mesmo desenho, 42% dos trabalhadores formais tem a opção de trabalhar em casa, enquanto nos empregos informais, chega a 74%. A pesquisa foi feita de 18 a 21 de setembro de 2015. No total, foram 2002 entrevistas feitas em 140 municípios do país.
Fonte: Época